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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Professor brasileiro voluntário é finalista de concurso de melhor do mundo.

O que você faria com US$ 1 milhão? Marcio Andrade Batista sonha com uma viagem. Mas não para alguns dos destinos mais procurados por brasileiros, como Orlando e Nova York.
Batista foi premiado recentemente por desenvolver projeto de bateria solar para smartphones
O professor paulista quer ir para o Acre - mais especificamente para regiões do estado amazônico que possam se beneficiar de seu projeto de iniciação científica para crianças usando conhecimentos práticos de atividades rurais típicas.
Antes, porém, Batista precisa fazer história no concurso Global Teacher Prize e conseguir se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o chamado "Nobel da Educação", entregue a "um professor excepcional que tenha feito uma contribuição extraordinária para a profissão".
Ele é o único brasileiro na lista de 50 finalistas divulgada nesta quarta-feira pela ONG Varkey Foundation - trata-se da primeira vez em três anos de concurso que um representante do país é selecionado.
O nome do vencedor será anunciado em março, durante um evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Castanhas

Batista é doutorando em Engenharia pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e trabalha como voluntário. Ele começou a dar aulas de ciência e sustentabilidade em 2010, depois de perceber que escolas rurais de Mato Grosso tinham dificuldades em obter material de ensino e tecnológico. Em colaboração com a UFMT e o Senai, o professor desenvolveu um programa de iniciação científica em estabelecimentos de ensino.
A ideia surgiu durante uma visita à Juína, município que fica mais perto da Bolívia que das principais cidades brasileiras. Andrade viu na atividade extrativista do baru, um tipo de castanha comestível, uma chance de trabalhar a percepção de alunos de escolas locais.
"Basicamente, você pode comprar essa castanha por uma mixaria. Mas ela também oferece um potencial para se transformada em outros produtos. O que bastava era dar às crianças condições de imaginar isso", explica.
Aluna de Batista, Bianca de Oliveira recebeu prêmio de ciência das mãos da presidente Dilma Rousseff






A metodologia baseada na aplicação das ciências à vida cotidiana dos estudantes teve frutos inesperados: um dos alunos, Bianca de Oliveira, ficou em terceiro lugar na edição de 2012 do Prêmio Jovem Cientista, com um projeto de criação de farinhas integrais a partir do baru.
Foi a primeira vez em 26 anos que um representante do Mato Grosso foi agraciado. A menina recebeu o prêmio das mãos da presidente Dilma Rousseff.
"Em outra escola, desenvolvemos um projeto em que estudantes passaram a fazer pães e sorvetes com o soro do queijo produzido por pequenos produtores. Isso pode até ser usado na merenda escolar. Novamente, incentivamos os alunos a usarem a ciência em sua realidade. Eles são pequenos diamantes que só precisam de uma pequena polida. É muito melhor que apenas tentarmos ensinar ciência tradicional na sala de aula. E estamos descobrindo maneiras de melhorar suas vidas", diz o professor.
Com auxílio do professor, estudantes de Juína criaram farinha à base do baru, um tipo de castanha

Prêmios

O professor já tem troféus na estante e, recentemente, ganhou o Prêmio Novelis de Sustentabilidade, desenvolvendo um tipo de carregador de baterias de celular movido a energia solar e que pode ser acoplado a bicicletas. Leia mais>> BBCBrasil


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