"Nós passamos a ter um número único, o CPF... Vai ser um elemento muito importante de eficiência no sistema único de saúde", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
| Fernando Frazão/Agência Brasil |
A pasta ainda anunciou que deseja eliminar 111 milhões de cadastros inativos do SUS até abril de 2026, sendo que 54 milhões já foram desativados desde julho. A meta é alcançar 229,3 milhões de registros ativos.
"Nós passamos a ter um número único, o CPF, que você pode cruzar com outros bancos, é de fácil acesso. Vai ser um elemento muito importante de eficiência no sistema único de saúde", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Padilha afirmou que a medida deve facilitar o acesso ao prontuário dos pacientes e a rastrear informações sobre a retirada de medicamentos após um exame, por exemplo, entre outros pontos. Os dados registrados em outros números de cadastros do SUS não serão perdidos, ainda segundo o ministro.
O SUS também seguirá emitindo cadastros provisórios para pessoas sem CPF ou nos casos em que o documento não pode ser apresentado, como durante o atendimento a um paciente desacordado. Esse documento terá validade de um ano.
O ministério afirma que não será preciso emitir novo cartão do SUS para passar a utilizar o CPF, pois o documento está disponível em formato digital.
"Uma mãe, por exemplo, poderá levar apenas o CPF do filho para vaciná-lo e terá a segurança de visualizar todo o histórico de vacinas diretamente no celular pela Caderneta Digital da Criança", disse o Minsitério da Saúde, em nota.
Mesmo após a limpeza nos dados, o número de cadastros do SUS ainda supera a estimativa da população brasileira, que chegou a 213,4 milhões de habitantes em julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Padilha afirma que essa diferença se deve a diversos fatores, como o SUS atender estrangeiros, além de que novos cadastros eram criados para a mesma pessoa quando ela esquecia de levar o cartão ao posto de saúde. "Eu tive três números de CNS [Cartão Nacional do SUS]. Imagina uma pessoa de 90 anos, que usa muito mais o serviço."
Segundo o ministério, havia 340 milhões de registros em julho, número que caiu a 286,8 milhões em setembro. Há ainda 40 milhões de cadastros ativos no SUS sem CPF vinculado, afirmou a pasta.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse que a medida consolida o CPF como um dado de "cidadania" e não apenas como cadastro para fins tributários. "A gente vai poder ter uma quantidade de dados importantíssima."
Secretária de Informação e Saúde Digital do Brasil, Ana Estela Haddad afirmou que o modelo anterior de cadastro do SUS fragmentava as informações sobre quem utiliza o sistema.
"Você deixa de ter uma base de números e dados paralelos para ter uma base unificada. Otimiza o atendimento, reduz burocracias na unidade de saúde. Então, esse histórico é único, vai estar vinculado ao CPF, acessível em qualquer unidade do país, a qualquer momento", disse a secretária.
O ministério afirmou ainda que 41 sistemas nacionais de saúde passarão a utilizar o CPF, como as bases de dados sobre nascidos vivos, mortalidade e transplantes, entre outras. Padilha disse que alguns sistemas devem passar por mais de 40 modificações para alterar a forma de cadastro dos dados, "estimando de cinco a seis meses para a virada total".
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