Os sete policiais militares foram submetidos a júri popular sob a acusação de omissão
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Segundo a denúncia do Ministério Público, os réus tinham dever legal de agir, mas não o fizeram. Eles estavam em serviço, em viaturas caracterizadas na região, e não tomaram medidas para impedir os assassinatos.
Entre os crimes listados pela Promotoria estão 11 homicídios consumados, todos duplamente qualificados por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de três tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras.
Também há denúncias de três crimes de tortura física e um de tortura psicológica.
Formado por sete jurados, o Conselho de Sentença da 1ª Vara do Júri de Fortaleza não acatou a tese do Ministério Público e decidiu pela absolvição dos policiais Daniel Fernandes da Silva, Gildácio Alves da Silva, Luís Fernando de Freitas Barroso, Farlley Diogo de Oliveira, Renne Diego Marques, Francisco Flávio de Sousa e Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa.
O Ministério Público e a Defensoria Pública, que atuou como assistente de acusação, vão recorrer da decisão.
O julgamento começou no dia 25 e teve 77 horas de duração. O Poder Judiciário precisou adaptar e ampliar o salão do júri, com divisões de assentos para os grupos que acompanharam o caso -familiares, jornalistas, advogados e público em geral.
Este foi o quarto julgamento da chacina do Curió. O primeiro, em junho de 2023, terminou com a condenação de quatro réus. No segundo, em agosto de 2023, oito policiais foram absolvidos.
Já o terceiro, em setembro de 2023, resultou em condenações parciais, desclassificações e absolvições.
No total, os quatro julgamentos ocorridos até agora somam 300 horas, no caso mais longo da história da Justiça do Ceará.
O próximo júri está agendado para 22 de setembro, com três réus. Dos 30 acusados, 27 já foram julgados.
A denúncia inicial foi apresentada pelo Ministério Público em 14 de junho de 2016 contra 45 policiais militares. A peça, elaborada por 12 promotores, reuniu mais de 3.300 páginas, com depoimentos de 240 pessoas, além da análise de imagens de câmeras, mensagens, comunicações por rádio, dados de GPS e escutas telefônicas.
A chacina ocorreu entre a noite do dia 11 e a madrugada de 12 de novembro de 2015. A motivação, segundo os promotores, foi vingança pela morte do soldado Valtermberg Chaves Serpa, assassinado ao reagir a um assalto contra sua mulher. Os policiais teriam articulado uma retaliação, escolhendo vítimas de forma aleatória.
VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO

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