Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Trabalho de Crianças e Adolescentes 2024, divulgados nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Trabalho de Crianças e Adolescentes 2024, divulgados nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado mostra que houve uma alta de 2,1% nesse contingente de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no País em 2024, 34 mil jovens a mais que em 2023, quando esse montante tinha recuado ao menor número da série histórica iniciada em 2016. Desta forma, o Brasil fica um pouco mais distante de cumprir a meta prevista nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê a erradicação do trabalho infantil em todas as suas formas até o ano de 2025.
Na passagem de 2023 para 2024, o aumento mais significativo no trabalho infantil ocorreu na atividade de produção para o próprio consumo, e não na realização de atividade econômica, ponderou Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa do IBGE.
"É cedo para afirmar que isso é uma reversão de tendência (da queda do trabalho infantil vista em 2023 ante 2022)", disse Fontes. "O trabalho infantil perigoso diminuiu em 2024", acrescentou.
O IBGE lembra que nem todo trabalho de crianças e adolescentes é considerado trabalho infantil, mas apenas aquele que deve ser erradicado. Os critérios considerados pelo instituto no levantamento incluem o fato de a legislação brasileira proibir qualquer forma de trabalho até os 13 anos de idade.
Nas faixas etárias mais avançadas, há regras sobre existência de vínculo empregatício formal, limite de jornada semanal e obrigatoriedade de frequência escolar, por exemplo. De 14 a 15 anos, o trabalho é permitido na forma de aprendiz. De 16 a 17 anos, há restrições ao trabalho noturno, insalubre e perigoso. O trabalho para autoconsumo também caracteriza uma situação de trabalho infantil, por exemplo, se o adolescente estiver em jornada exaustiva.
O Nordeste concentrava o maior contingente de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil: 547 mil em 2024, 37 mil a mais que no ano anterior. Em segundo lugar ficou o Sudeste (com 475 mil em situação de trabalho infantil em 2024), seguido pelo Norte (248 mil), Sul (226 mil) e Centro-Oeste (153 mil).
A proporção de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil no País passou de 4,2% em 2023 para 4,3% em 2024. A região Norte tinha a maior proporção da população dessa faixa etária em situação de trabalho infantil (6,2%) enquanto o Sudeste tinha o menor porcentual (3,3%).
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