EUA só autorizaram ministro brasileiro a circular entre hotel, sede da ONU e missão do Brasil na entidade; Padilha foi sancionado por participação na criação do programa Mais Médicos
| Antonio Cruz/Agência Brasil |
De acordo com aliados do titular da Saúde, Padilha avaliou que as limitações determinadas pelos americanos são desrespeitosas com o Brasil e com o tratado internacional que rege a relação da ONU (Organização das Nações Unidas) com o país sede da organização -no caso, os Estados Unidos.
Também pesou na avaliação do ministro o fato de que, em qualquer cenário, ele não poderia ir para o encontro da Organização Pan-Americana de Saúde no próximo dia 29, em Washington.
De acordo com pessoas no governo que acompanham o caso, uma reversão da decisão de Padilha só ocorreria caso as restrições de movimentação fossem removidas, o que era considerado improvável.
Embora o governo Trump tenha autorizado a permanência de Padilha em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU -uma vez que tem a obrigação, como país sede, de não restringir o ingresso de pessoas convidadas para atividades na organização-, o mesmo não ocorre com a Opas.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, o governo Trump impôs limitações à circulação de Padilha na cidade de Nova York, onde fica a sede da ONU.
Os Estados Unidos decidiram limitar a movimentação de Padilha e familiares que o acompanharem a cinco blocos do local de hospedagem do ministro, além das rotas entre o hotel, o distrito em que fica localizada a sede da ONU, a missão do Brasil junto à organização e a residência do representante brasileiro na organização.
Caso fosse aos EUA, o ministro apenas poderia sair do perímetro delineado pelos americanos em caso de urgência médica. O governo Lula precisaria ainda pedir autorização especial para Washington caso ele quisesse ir a local fora do perímetro.
Diplomatas ouvidos pela reportagem consideram a situação lamentável, que constitui um cenário humilhante para o ministro.
Nesta sexta-feira (19), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Itamaraty acionou o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidência da Assembleia-Geral da organização para interferir junto aos Estados Unidos quanto às restrições a Padilha.
"Estamos através do secretário-geral da ONU e da presidente da Assembleia-Geral relatando o ocorrido. São restrições sem cabimento, injustas e absurdas, e nós estamos pedindo a interferência do secretário-geral junto ao país sede", disse Vieira, durante entrevista coletiva junto da chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, que está em visita a Brasília.
VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO
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