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sexta-feira, 20 de maio de 2016

18 milhões de litros de sangue são desperdiçados por ano no Brasil

Ministério da Saúde determina que as regras são estipuladas para que os receptores possam estar protegidos de doenças durante as transfusões.

DR
Homens homossexuais só podem ser solidários e doar sangue no Brasil com a condição de passarem um ano sem terem relações sexuais. O empecílho é imposto há anos pelo governo brasileiro, mas segundo levantamentos, têm prejudicado milhares de pessoas e desperdiçado milhões de litros de sangue, todos os anos. E já foi pior: até 2004, homens que fazem sexo com homens (HSH) eram proibidos de doar sangue.

Segundo a Super Interessante, em 2014, apenas 1,8% da população brasileira doou 3,7 milhões de bolsas. Segundo a ONU, o ideal é que entre 3 a 5% da população doe seu fluido. Ainda por cima, o IBGE avaliou que 101 milhões de homens vivem no Brasil e, desse total, 10,5 milhões se declara homo ou bissexual. Pela matemática, com o preconceito da legislação brasileira, são desperdiçados 18,9 milhões de litros de sangue por ano.
O Ministério da Saúde determina que as regras são estipuladas para que os receptores possam estar protegidos de doenças durante as transfusões. A restrição é ultrapassada e remonta uma época em que a orientação sexual era fator predominante na decáda de 1980, quando os homossexuais eram considerados o único grupo de risco.
Fontes ouvidas pela revista apontam que muitos homossexuais mentem que mantém relações sexuais para conseguir doar sangue: "O gay é obrigado a mentir a vida inteira. Mente para os amigos, mente no trabalho, mente para família. É injusto ter que passar por isso e mentir para um desconhecido sobre a orientação sexual, ainda mais por uma causa tão nobre quanto a doação de sangue. Não quero mais mentir", diz Salomão*.
No Brasil, de 1980 a junho de 2015, 65% dos infectados eram homens e 35%, mulheres. O número de casos se mantém estável no país, nos últimos dez anos. A cada ano, são 40,6 mil novos casos da doença.
"Se ficar provado que o sangue é infectado, é uma questão óbvia, lógica. Mas se um homem chegar e contar que é gay, isso o exclui sem critério lógico algum. Restringir o direito da pessoa sem nem testar o sangue, é partir do pressuposto que seu sangue é doente", afirma a jurista Adriana Galvão, presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB de São Paulo.

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