Decisão do arcebispo de São Paulo suspendeu transmissões e atividades digitais do religioso, que afirma respeitar a determinação, seguirá celebrando missas presenciais e diz que as redes funcionavam como forma de prestar contas do trabalho com a população em situação de rua.
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| © Reprodução / TV Brasil |
Lancellotti conversou com a reportagem na Paróquia São Miguel Arcanjo, na zona leste de São Paulo, onde atua há mais de 40 anos. “Como sou padre, preciso atender às determinações do bispo”, disse. Segundo ele, a conversa foi “muito protocolar, muito respeitosa”.
A decisão de Dom Odílio foi revelada pela coluna da jornalista Mônica Bergamo.
A entrevista precisou ser interrompida devido ao grande número de ligações recebidas pelo padre ao longo da manhã. Entre elas, estava a da deputada federal Érika Hilton, que telefonou para manifestar apoio. De acordo com Lancellotti, outras personalidades também entraram em contato após a divulgação da decisão, embora ele tenha preferido não citar nomes.
O padre evitou comentar o mérito da medida adotada pela arquidiocese e também se mostrou cauteloso ao falar sobre política. Questionado sobre as eleições do próximo ano, respondeu de forma breve. “É sobre isso que eu prefiro não comentar. Para não causar mais acirramento. Isso sempre incomoda”, afirmou.
Por outro lado, reconheceu que sentirá falta das transmissões religiosas nas redes sociais. Segundo ele, as plataformas digitais funcionavam como uma forma de prestação de contas do trabalho realizado com a população em situação de rua, o que explicava o grande volume de publicações.
De acordo com Lancellotti, as missas transmitidas chegavam a reunir cerca de 6 mil espectadores simultâneos e alcançavam até 15 mil visualizações ao longo do dia. As celebrações eram acompanhadas por pessoas de diferentes países, como Portugal, Estados Unidos, Japão e China, além de fiéis de várias regiões do Brasil, especialmente do Nordeste.
A decisão do arcebispo não implica o afastamento imediato do padre da paróquia, mas a possibilidade de transferência existe. Lancellotti explicou que há um tempo de permanência previsto para os padres nas paróquias. “A idade de permanência é de 75 anos, e eu completo neste mês 77 anos. Há padres mais velhos, mas esta não é uma decisão que cabe somente a mim”, afirmou.
Enquanto isso, ele seguirá celebrando missas apenas de forma presencial. “Nós sabemos que a missa presencial é insubstituível. A preferência da liturgia é de que ela seja presencial”, concluiu.
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