Medida inclui Síria e países africanos, além de pessoas com documentos emitidos pela Autoridade Palestina; novas restrições entram em vigor em janeiro e são nova escalada da política anti-imigração do governo
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Segundo o comunicado, a Casa Branca impôs restrições totais a cidadãos de Burkina Fasso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria, além de pessoas com documentos de viagem emitidos pela Autoridade Palestina.
A entidade, presidida por Mahmoud Abbas, governa parcialmente a Cisjordânia ocupada por Israel. Em setembro, Trump já havia negado visto para que Abbas pudesse participar da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, obrigando o líder palestino a discursar por videoconferência no evento.
O decreto publicado nesta terça também estende o banimento total a Laos e Serra Leoa, que até então estavam sujeitos apenas a restrições parciais.
O grupo de sete países, assim como membros da Autoridade Palestina, portanto, unem-se à lista inicial de 12 países que já eram considerados de "alto risco" pelos EUA. A primeira leva de restrições totais havia sido anunciada em junho deste ano.
Na época, Trump proibiu a entrada de cidadãos de Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Agora, a Casa Branca disse que as novas regras entram em vigor em 1º de janeiro de 2026.
O comunicado afirma que as restrições têm como objetivo "proteger o país contra ameaças à segurança nacional e à segurança pública" e que esses países "apresentam deficiências comprovadas, persistentes e graves em triagem, verificação de antecedentes e compartilhamento de informações, a fim de proteger o país contra ameaças à segurança nacional e à segurança pública".
O governo manteve restrições parciais para cidadãos de Burundi, Cuba, Togo e Venezuela. E ainda acrescentou restrições parciais a 15 países: Angola, Antígua e Barbuda, Benim, Costa do Marfim, Dominica, Gabão, Gâmbia, Maláui, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbábue.
Por outro lado, os EUA retiraram a proibição de vistos de visitante para cidadãos do Turcomenistão, afirmando que o país cooperou de forma produtiva com o governo americano e demonstrou "progressos significativos". A proibição de entrada de turcomenos como imigrantes continua.
A Casa Branca diz ainda que esse grupo de nações "sofre com corrupção generalizada, documentos civis e registros criminais fraudulentos ou pouco confiáveis e sistemas inexistentes de registro de nascimento". O documento afirma, sem citar dados, que esses países têm altas taxas de permanência nos EUA após o fim do período de visto.
"A presença de terrorismo, atividades criminosas e extremismo em vários dos países listados resulta em instabilidade generalizada e falta de controle governamental, o que compromete a capacidade de verificação e representa riscos diretos aos cidadãos e aos interesses americanos quando nacionais desses países são admitidos nos EUA", completa o decreto.
Desde que retornou à Presidência, Trump tem adotado uma política anti-imigração, realizando operações em larga escala para prender estrangeiros sem documentação e recusando solicitantes de asilo na fronteira com o México.
A ampliação dos países sujeitos a restrições marca uma nova escalada desde o tiroteio que matou dois integrantes da Guarda Nacional em Washington, no mês passado.
Investigadores dizem que o ataque foi cometido por um cidadão afegão que entrou nos EUA em 2021 por meio de um programa de reassentamento, a Operação Allies Welcome, lançada pelo governo do ex-presidente Joe Biden após o Talibã retomar o poder no país.
Dias após o tiroteio, Trump prometeu "pausar permanentemente" a migração de todos os "países do terceiro mundo", embora sem especificar quais seriam eles.
Quando estava no primeiro mandato, Trump proibiu a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, uma das suas medidas mais controversas e que foi revogada por Joe Biden em 2021. Na época, o democrata chamou a proibição de "uma mancha na consciência nacional" dos EUA.
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