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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Cartolas eram identificados por nomes de carro na lista de propina

Revelação foi feita por Santiago Peña, executivo da Full Play

Presidente da Conmebol era identificado como "Honda"Conmebol/Divulgação
Dirigentes ligados à Conmebol eram identificados com nomes de carros em uma lista de pagamentos de propinas referentes a contratos de direitos de transmissão de torneios da Conmebol. A revelação foi feita nesta segunda-feira (20) por Santiago Peña, executivo de marketing esportivo Full Play, em depoimento no júri do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, no Tribunal do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele é uma das testemunhas de acusação.


Em matéria publicada no R7 esporte, Além de José Maria Marin, também estão sendo julgados o ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout, e o ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga. De acordo com Santiago Peña, o paraguaio era identificado como "Honda" e o peruano como "Fiat".
Santiago Peña disse que os repasses estavam ligados a acordos referentes à Copa América de 2015 (realizada no Chile), 2019 (será no Brasil) e 2023 (ainda a ter a sede determinada, possivelmente no Equador), além da Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos em 2016. "Foram pagamentos secretos", enfatizou.
Ele não fez referência a nenhum nome de dirigente brasileiro, embora tenha dito que um cartola do País também foi remunerado. Os pagamentos, de acordo com o ex-funcionário da empresa argentina, eram feitos para obter a "lealdade" dos presidentes de confederações que também faziam parte da cúpula da Conmebol. De acordo com a testemunha, o controle dos pagamentos era feito em um planilha de Excel. "Nós basicamente decidimos criar nomes de fantasia para cada uma das pessoas envolvidas", disse o ex-executivo da Full Play.
Entre os codinomes descritos na planilha mostrada aos jurados, o ex-presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga, era o "Toyota" e recebeu pagamento de US$ 500 mil; o ex-presidente da Federação Venezuelana Rafael Esquível, identificado como "Benz", amealhou R$ 750 mil. Ambos os pagamentos foram relacionados ao código "Q2022" que, tudo indica, está relacionado à compra de votos para a escolha do Catar como sede da Copa de 2022. A votação ocorreu em 2010.
Também há dirigente identificado pelos codinomes "VW" (Carlos Chávez, da Federação Boliviana de Futebol); "Kia" (Sergio Jadue, da Associação Nacional de Futebol Profissional, do Chile); "Peugeot" (Jose Meiszner, secretário geral da Conmebol); e "Flemic" (Luis Bedoya, da Federação Colombiana de Futebol).
Antes de assumir a Conmebol, Juan Angel Napout foi presidente da Federação Paraguaia de Futebol. Nesta época, a Full Play negociou um contrato com a entidade com intermediação de uma empresa chamada Ciffart, nome que os investigadores norte-americanos concluíram ser Traffic ao contrário. Essa pertence ao brasileiro J.Hawilla, que fez acordo de leniência com a Justiça norte-americana, cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos e deverá ser uma das testemunhas no processo contra José Maria Marin e os outros dois dirigentes.
A Full Play é uma empresa argentina que, entre outras competições, negociou os direitos das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo, Copa América e Copa Libertadores. Seus proprietários são Hugo e Mariano Jinkis, pai e filho, que estão em prisão domiciliar na Argentina.
A empresa foi uma das formadoras da Datisa, junto com outra firma argentina da área de venda de direitos, a Torneos y Competencias, e a brasileira Traffic. Foi a Datisa que ficou responsável por pagar aos cartolas as propinas referentes às quatro edições da Copa América citada por Santiago Peña em seu depoimento.
O júri segue nesta terça-feira no Tribunal do Brooklyn. Depois os trabalhos serão interrompidos em função do feriado de Ação de Graças, que será nesta quinta, e só serão retomados na próxima semana.



Via...R7Esporte

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