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sábado, 17 de abril de 2021

Congresso do Peru bane Vizcarra de cargos públicos por 10 anos por furar fila da vacina

 


O ex-presidente Martín Vizcarra está proibido de ocupar cargos públicos por dez anos

© Getty Images

O Congresso do Peru decidiu, por unanimidade, nesta sexta-feira (16), que o ex-presidente Martín Vizcarra está proibido de ocupar cargos públicos por dez anos em resposta às acusações de que ele teria furado a fila da vacinação contra a Covid-19.

Por 86 votos a zero -seis a mais do que era necessário para aprovar a medida-, os congressistas decidiram, inclusive, que Vizcarra não poderá ocupar a cadeira no Parlamento que conquistou com mais de 165 mil votos nas eleições legislativas do último domingo (11).

Para o Congresso, o ex-presidente é culpado de tráfico de influência, conluio e por mentir em suas declarações sobre o escândalo envolvendo as vacinas que ele, seus familiares e membros do alto escalão de seu governo receberam antes do prazo determinado pelas campanhas de imunização do país.

Antes mesmo da votação, Vizcarra criticou o processo nas redes sociais. "O Congresso incorre no crime de abuso de autoridade ao dar prosseguimento à sessão sem permitir que eu exerça meu direito à defesa, violando o devido processo. O Congresso não está acima da Constituição", escreveu ele, no Twitter.

Em fevereiro, quando o caso das "vacinas vip" veio à tona por meio de reportagens publicadas pela imprensa peruana, Vizcarra admitiu ter recebido doses do imunizante produzido pela Sinopharm em outubro de 2020, semanas antes de ser destituído da Presidência como resultado de um processo de impeachment.

Em sua defesa, porém, o ex-presidente alega que ele, sua esposa e seu irmão foram vacinados antes do cronograma oficial -a vacina só foi aprovada oficialmente em dezembro- porque eram voluntários em ensaios clínicos organizados pela universidade responsável pelos testes da vacina no país.

A instituição negou o envolvimento de Vizcarra e seus familiares no programa de ensaios. De acordo com a imprensa peruana, o número de funcionários do governo imunizados às escondidas pode ser muito maior, já que, além das doses experimentais utilizadas nos estudos, a Sinopharm forneceu outras 2.000 "vacinas de cortesia" a responsáveis pelos ensaios e membros do governo.

No alto escalão, duas ministras admitiram ter furado a fila da vacinação. Pilar Mazzetti (Saúde) e Elizabeth Astete (Relações Exteriores) renunciaram a seus cargos em fevereiro, após a divulgação das irregularidades. Nesta sexta, elas também foram impedidas pelo Congresso de assumir cargos públicos; Astete por um ano, e Mazzetti, por oito.

O Ministério Público abriu uma investigação sobre o escândalo das vacinas, mas ainda não chegou a uma conclusão. Vizcarra também é alvo de um inquérito por corrupção quando era governador da região de Moguegua, no sul do país, de 2011 a 2014.

No âmbito dessa acusação, os procuradores pediram a prisão preventiva do ex-presidente. A Justiça considerou o pedido infundado, mas proibiu Vizcarra de sair de Lima sem autorização e lhe impôs uma espécie de multa equivalente a cerca de R$ 150 mil.

Vizcarra foi destituído da Presidência do Peru em novembro de 2020, após um processo de impeachment -o segundo que o tinha como alvo- desencadeado pela divulgação de gravações nas quais ele aparece pedindo a assessoras que mintam em um inquérito sobre sua relação com um ex-colaborador.

Ele também foi acusado de recebimento de propina, o que o enquadraria na categoria de "incapacidade moral", impedindo sua continuidade no cargo.

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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