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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Número de vítimas de homicídio em SP cresce e supera patamar pré-pandemia

Foram 270 pessoas mortas no estado no mês passado, 27% a mais do que as 212 mortas no mesmo mês de 2019. Os dados foram divulgados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) nesta terça-feira (25).

© iStock

(FOLHAPRESS) - O número de vítimas de homicídios no estado de São Paulo atingiu em setembro seu maior patamar desde o início da pandemia de Covid-19.

Foram 270 pessoas mortas no estado no mês passado, 27% a mais do que as 212 mortas no mesmo mês de 2019. Os dados foram divulgados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) nesta terça-feira (25).

A comparação é feita com 2019 porque tanto em setembro de 2020 quanto de 2021 estavam em vigor medidas de restrição contra o coronavírus, o que afetava a circulação de pessoas na rua -e, consequentemente, os índices de violência.

Esse é o maior número de mortes para setembro desde 2017, quando foram registradas 272 vítimas. Também é o mês com mais homicídios desde as 284 mortes de janeiro de 2019.

Procurada, a SSP afirmou que o estado segue com a menor taxa de homicídios do país e que o aumento foi causado por "ocorrências atípicas na Grande São Paulo, como uma chacina com quatro vítimas, a descoberta de um cemitério clandestino com três vítimas".

Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que o aumento dos homicídios é sempre preocupante. Porém, ele considera que os dados precisam ser vistos "com cuidado" pois o estado registra quedas gradativas no número de assassinatos.

"Como São Paulo tem um número baixo de homicídios, qualquer variação representa um percentual alto. Mas, de qualquer forma, isso precisa ser avaliado, para se combater as causas disso, para que o problema não saia do controle", afirmou o especialista.

Segundo os dados da SSP, o estado teve em 2021 o menor número de vítimas de homicídio doloso (com intenção de matar) desde o início da série histórica, iniciada pela pasta em 2001.

Foram 2.847 vítimas em 2021, ante 3.038 no ano anterior, uma queda de 6,3%. Em 2001, início da série estatística, o estado contabilizou 13.133 homicídios. Na relação do número de assassinatos por 100 mil habitantes, a taxa despencou de 33,3, em 2001, para 6,04 em 2021.

Os furtos também cresceram no estado em setembro, de 40.969, em 2019, para 46.285, em 2022, uma alta de 13%. Os furtos de veículos subiram de 7.363 para 8.525, alta de 15,7%.

A cidade de São Paulo também seguiu a tendência do estado, no aumento de crimes patrimoniais em setembro, comparando com os dados do período pré-pandemia.

Foram registrados 17.166 furtos em 2019 e 18.858 neste ano, alta de 9,8%. Furtos de veículos foram, respectivamente, 3.058 e 3.691, crescimento de 20%.

Os roubos também aumentaram na cidade de 11.540, em setembro de 2019, para 12.130 no mesmo mês deste ano, alta de 5%.

A alta nos índices criminais ligou o sinal de alerta na gestão do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que em maio implantou a Operação Sufoco, com um maior número de policiais nas ruas, além das trocas nos comandos das Polícias Civil e Militar, anunciada dias antes.

Sobre o aumento nos crimes patrimoniais, Alcadipani disse que São Paulo vive um momento de transição na segurança pública por causa das eleições para o governo estadual, que irão mudar a configuração das lideranças das polícias paulistas.

"Isso pode gerar expectativa e deixar as polícias preocupadas com essa incerteza sobre qual será a política de segurança pública [do novo governo] e isso acaba afetando, sem dúvida nenhuma, o enfrentamento ao crime."
*
NOTA DA SSP

O Estado de São Paulo segue como líder na queda de homicídios no país, com redução de 83% dos casos nos últimos 23 anos. Em setembro, a alta de 25,2% das mortes intencionais em comparação ao mesmo mês de 2019, foi impactada por ocorrências atípicas na Grande São Paulo, como uma chacina com quatro vítimas, a descoberta de um cemitério clandestino com três vítimas, um triplo e dois duplos homicídios.

No mês, 56% dos casos de homicídios ocorreram devido a conflitos interpessoais, fora do alcance do policiamento ordinário. Mesmo assim, o estado manteve a menor taxa de homicídios para o ano móvel, atingindo 6,24 casos por 100 mil habitantes. Além disso, somente no mês passado 885 armas foram apreendidas em São Paulo.

As polícias Civil e Militar seguem empenhadas no combate à criminalidade como um todo e realizam ações em conjunto para ampliar a sensação de segurança da população paulista.

Iniciada em maio, a Operação Sufoco reforçou o policiamento em todo o estado, integrando policiais civis, militares e guardas municipais. Visando o combate principalmente aos crimes patrimoniais, em 169 dias, completados no último dia 20, a ação já recuperou 3,9 mil veículos e prendeu e apreendeu 21.735 pessoas, por mandado ou em flagrante, além de apreendeu mais de R$1 milhão e recuperar 6.808 celulares furtados ou roubados.

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