Joel Cauchi, de 40 anos, realizou um ataque à faca que deixou a Austrália em choque. Eis o que se sabe sobre o homem, que acabou abatido pela polícia.
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A Polícia de Nova Gales do Sul identificou o autor do ataque à faca, que no sábado provocou seis mortos e 12 feridos graves, incluindo uma criança, num centro comercial de Sydney. O homem, Joel Cauchi, de 40 anos, tinha uma doença mental, o que afastou uma eventual motivação terrorista, e foi mortalmente abatido por uma agente da polícia.
As autoridades acreditam que Joel Cauchi, de Queensland, tinha se mudado para Nova Gales do Sul apenas um mês antes do ataque. O Guardian Australia escreve que o atacante não tinha morada fixa em Sydney e a polícia acredita que ele não conhecia nenhuma das vítimas.
O homem tinha alugado uma unidade de armazenamento "muito pequena" em Sydney, que a polícia revistou durante a noite, contudo, não foi revelado o que foi encontrado.
Já a estação australiana Nine News informa que Joel já tinha tentado aceder a armas anteriormente e tinha se anunciado, em publicações nas redes sociais, como acompanhante masculino.
Em dois grupos de Facebook, em 2020, o homem mostrou-se à procura de "pessoas que disparam armas, incluindo armas de mão, para se encontrarem, conversarem e conhecerem".
"Por favor, enviem-me mensagem privada se puderem me ajudar! A propósito, vivo em Brisbane", publicou Cauchi.
Além disso, tinha também criado um perfil num site online de acompanhantes, onde solicitava trabalho sexual. No perfil, que entretanto foi retirado, descrevia as suas características físicas e o tipo de trabalho para o qual estava disponível. "Sou um homem de 39 anos, atlético e bem apessoado", lia-se.
A polícia está agora investigando a "vida que antecedeu o dia de ontem", acreditando que o suspeito tinha um "estilo de vida itinerante" de dormir na rua e um longo histórico de problemas de saúde mental.
O comissário adjunto da polícia de Queensland, Roger Lowe, disse que o suspeito foi "controlado na rua" pela polícia na Gold Coast em dezembro de 2023, mas nunca foi preso ou acusado criminalmente em Queensland. Acredita-se que o suspeito tinha interesse em facas, o que também teria motivado um incidente ocorrido no início de 2023, em que Cauchi chamou a polícia depois da família ter lhe retirado as facas.
Joel Cauchi foi diagnosticado com doença mental aos 17 anos. "Este senhor foi diagnosticado com uma doença mental aos 17 anos de idade e tem recebido tratamento ao longo dos anos", disse Lowe. "De acordo com as nossas investigações... nos últimos anos, a sua saúde mental tinha vindo a deteriorar-se", acrescentou.
A família do atacante só tinha contato periódico com o filho e contactou a polícia depois de ver as imagens do incidente, segundo Lowe.
A Comissária da Polícia de Nova Gales do Sul, Karen Webb, indicou que "esta será uma investigação ativa durante muitos dias e talvez semanas", enquanto se identifica "não só os movimentos do agressor", "não só" o dia de ontem, "mas as horas, os dias, as semanas, a sua vida até" ao momento do ataque.
Dias antes do ataque, o homem tinha regressado ao Facebook, onde tinha procurado encontrar-se com outras pessoas. "Olá, estou surfando em Bondi esta tarde, se alguém quiser encontrar lá para surfar!", escreveu. "Olá, estou à procura de um falante fluente de sueco para um intercâmbio linguístico", dizia outra publicação.
Recorde-se que Joel Cauchi matou cinco mulheres e um homem. Questionado sobre se a polícia tinha alguma informação que sugerisse que ele tinha como alvo mulheres, as autoridades disseram que vão "investigar todas as possibilidades", embora nenhuma informação "sugira que o crime tenha sido motivado por qualquer razão particular, ideológica ou outra".
O ataque com uma faca num movimentado centro comercial de Sydney, na Austrália, provocou seis mortos e vários feridos, entre os quais um bebê de nove meses, tendo o agressor sido abatido pela polícia.
Este tipo de ataque é raro na Austrália. Em novembro de 2018, um indivíduo armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras duas numa rua de Melbourne antes de ser morto a tiros pela polícia. O crime foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
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