Sanjay Kapoor, que tinha 53 anos, teve uma parada cardíaca após um choque anafilático provocado por uma alergia ao inseto.
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© Reprodução- Instagram |
Não se sabe ao certo se ele engoliu a abelha ou se foi picado internamente na boca. Para Alexandra Sayuri Watanabe, médica alergologista do Departamento Científico de Anafilaxia da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), existem duas situações que podem ocorrer se uma pessoa engolir uma abelha.
A primeira, em caso de não alérgicos, é a ferroada na mucosa, seja na gengiva ou próximo à garganta, que pode provocar uma resposta inflamatória intensa. "Pode ocorrer um inchaço e ocasionar sufocamento, falta de ar e outros sintomas por causa do comprometimento respiratório", diz Watanabe.
O inchaço nessas regiões, contudo, não costuma aparecer facilmente. De acordo com a médica, em casos de pessoas não alérgicas é comum que esse aumento do fluxo sanguíneo na área ferroada aconteça depois de algumas horas e que progrida com os dias.
Para quem não tem alergia ao inseto e percebe que a reação à picada é apenas local, o indicado é observar o inchaço e, ao menor sinal de incômodo, tomar um anti-histamínico ou um corticoide.
Segundo a especialista, abelhas mortas também podem provocar irritação e alergia, especialmente em regiões mais sensíveis como as mucosas. Isso acontece porque o veneno é liberado quando a abelha é pressionada –algo que pode acontecer com o inseto vivo ou morto.
De acordo com Watanabe, insetos como abelhas têm reflexo e costumam ferroar quando se sentem ameaçados. Em caso de ingestão da abelha viva, como aconteceu com o indiano, ela pode sim ferroar a boca ou da garganta.
A segunda situação que pode acontecer com a ingestão de uma abelha se dá quando o inseto pica uma pessoa que já possui anticorpos contra algum componente do veneno, ou seja, são alérgicas. Nesses casos podem ocorrer sintomas alérgicos na pele, nos sistemas cardiológico e respiratório e no trato gastrointestinal, além de choque anafilático.
Em alérgicos, é comum que as ferroadas sejam acompanhadas por urticária, coceira em todo o corpo, vermelhidão, inchaço das pálpebras, lábios, orelhas e mãos, e em casos mais graves, tosse e aperto no peito, vômitos, dores abdominais, tontura e até desmaio com perda de consciência.
Nos casos mais graves de alergia, seja de abelha ou outros insetos como formigas e vespas, apesar de mais raros, é comum que os sinais já apareçam por volta de cinco a dez minutos desde a picada, podendo evoluir por até duas horas.
"Quando isso acontece é importante procurar um pronto-atendimento para aplicação da adrenalina, medicamento utilizado em casos de anafilaxia", diz a médica.
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