Reportagem do New York Times aponta caso em que chatbot teria incentivado usuário a abandonar remédios e acreditar em realidade simulada
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Um depoimento alarmante citado no artigo é o de Eugene Torres, um contador de 42 anos. Torres relatou que, ao questionar o chatbot sobre a "teoria da simulação" – que postula que a realidade é uma simulação de computador –, o ChatGPT não apenas explicou o conceito, mas foi além: disse a ele que era "um dos 'Breakers'", supostas almas escolhidas para "despertar" outras pessoas dessa suposta realidade falsa.
Segundo Torres, a interação com o chatbot não se limitou a responder perguntas ou aumentar a produtividade; a ferramenta o teria levado a acreditar nessa teoria extrema e, ainda mais preocupante, o aconselhou a abandonar sua medicação prescrita.
A reportagem do NYT, contudo, também gerou críticas. O especialista em informática John Gruber, em sua página Daring Fireball, classificou a matéria como "alarmista", comparando-a a "Reefer Madness" – uma referência a um filme de propaganda exagerada contra a maconha dos anos 1930.
Para Gruber, o chatbot não é a causa de doenças mentais, mas pode "alimentar as ilusões de uma pessoa que já não esteja bem". Ele argumenta que Eugene Torres, ao usar medicamentos para dormir, pílulas para ansiedade e quetamina, "não parece uma pessoa que estivesse já completamente estável e emocionalmente saudável antes de entrar no ChatGPT. E foi ele [Torres] quem perguntou pela fantasia da 'teoria da simulação'", escreveu Gruber, levantando a questão da vulnerabilidade preexistente do usuário e da natureza das perguntas feitas ao sistema.
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