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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Terapeuta brasileiro está preso na Rússia por portar chá de ayahuasca

Permitida no Brasil, substância é proibida na Rússia e por isso Eduardo Chianca está sendo acusado de tráfico internacional de drogas

© Arquivo pessoal
Desde o dia 31 de agosto, o terapeuta brasileiro Eduardo Chianca Rocha, de 66 anos, está preso em Moscou, na Rússia, acusado de tráfico internacional de drogas. Ele foi detido por portar oito litros de chá de ayahuasca, cujo uso é permitido no Brasil e em muitos outros países. A substância tem efeito alucinógeno e é utilizada em terapias e rituais religiosos.

"Ele desconhecia o rigor da lei russa sobre substâncias psicotrópicas que podem dar origem a outras substâncias ilegais. É uma lei recente, de 2013. O Eduardo já frequentava a Rússia uma vez por ano desde 2010 e nunca teve problema lá. Nunca teve problema com o ayahuasca em nenhum país", disse a sua companheira, Patrícia Alves Junqueira.
O chá contém a substância dimetiltriptamina, que é proibida na Rússia.
Chianca, pesquisador e terapeuta holístico que mora nos arredores do Recife (PE), ministra cursos e palestras de uma terapia chamada "Frequências de Luz", no Brasil e em outros países. Segundo informações do portal Uol, além da Rússia, onde já concedeu cursos em outras ocasiões, nessa viagem ele também visitaria Ucrânia, Suíça, Holanda e Espanha. 
A família de Chianca está desesperada e uniu-se a outras entidades para tentar libertá-lo. Ele também apelam para uma ação direta do governo brasileiro.
"Precisamos que o governo brasileiro fale com o governo russo, para que saibam quem é o Eduardo. Ele não é um ilustre desconhecido, é um palestrante internacional que formou centenas de terapeutas holísticos. Só na Rússia foram cerca de 200 formados", conta Patrícia.
Ela explica que, ao contrário do que a polícia russa alega, o terapeuta não estava carregando uma droga, e sim uma uma medicina de origem indígena, permitida em seu país, nos Estados Unidos, na Suíça e em vários outros.
Lideranças indígenas, inclusive, que trabalham com o terapeuta em seu sítio nos arredores do Recife, chamado Instituto Plêiades, também manifestaram apoio, escrevendo um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin.
"É um absurdo a continuidade disso. É possível encerrar essas investigações, desde que o governo brasileiro interceda diretamente. Pelo caminho jurídico, é longo, penoso e extremamente caro. O Eduardo é um terapeuta que trabalha e reverte todo o fruto de seu trabalho para receber alunos do mundo inteiro. A gente não dispõe de recursos para custear o processo", lamenta Patrícia.
Ainda de acordo com o portal Uol, os contatos do terapeuta com a família são feitos por meio de representantes do consulado brasileiro em Moscou e do advogado russo que trabalha no caso. Segundo Patrícia Junqueira, Chianca está em um centro de detenção, em uma cela com cerca de 12 pessoas.

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