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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Crânio de 3,8 milhões de anos é encontrado na Etiópia

Considerado um espécime muito raro, sua descoberta pode mudar completamente o que se sabe sobre um dos mais famosos ancestrais da humanidade, Lucy

© Divulgação / Cleveland Museum of Natural History

Um fóssil encontrado na África lança uma nova luz sobre os nossos ancestrais. Arqueólogos descobriram na Etiópia um crânio de um hominídeo que viveu há 3,8 milhões de anos - um espécime muito raro que pode mudar completamente o que sabemos sobre um dos mais famosos ancestrais da humanidade, Lucy, e sobre a nossa própria espécie.
O crânio pertence à espécie Australopithecus anamensis e ofereceu aos cientistas a primeira chance de dar uma boa olhada na face desse hominídeo. Acreditava-se que a espécie tinha precedido a de Lucy, Australopithecus afarensis, que, por sua vez, seria o nosso ancestral direto.
A nova descoberta sugere, no entanto, que as duas espécies teriam compartilhado as savanas da Etiópia durante pelo menos cem mil anos. Isso indica, segundo os especialistas, que a árvore evolucionária dos primeiros hominídeos é bem mais complicada do que se imaginava e pode nos fazer repensar a tese de que viemos de uma espécie em particular, representada por Lucy.
"Crânios fossilizados de hominídeos são tesouros excepcionalmente raros", explicou a paleoantropóloga Carol Ward, da Universidade do Missouri, em entrevista à revista Nature, que publicou o novo estudo. "Esse é o novo espécime pelo qual todos nós estávamos esperando."
A afarensis viveu na África entre 4 milhões e 3 milhões de anos atrás. Essa espécie é importante para entendermos a evolução humana porque, provavelmente, teria sido a partir desses hominídeos que o gênero humano, o Homo, evoluiu, há 2,8 milhões de anos.
Ao longo das últimas décadas, pesquisadores descobriram dezenas de fragmentos de fósseis de A. anamensis na Etiópia e no Quênia, alguns deles com mais de 4 milhões de anos. Os cientistas achavam que o A. anamensis gradualmente evoluiu para o A. afarensis, sem nunca terem coexistido.
O crânio descoberto recentemente por um grupo de paleoantropólogos liderados por Yohannes Haile-Selassie, do Museu Cleveland de História Natual, em Ohio, nos Estados Unidos, sugere exatamente o contrário.
A descoberta de Lucy (que recebeu este nome por causa da música dos Beatles "Lucy In The Sky With Diamonds"), em 1974, também na Etiópia, gerou grande comoção mundial. O fóssil, de 3,2 milhões de anos, foi o primeiro descoberto de um hominídeo que era capaz de andar de pé.
Em entrevista à Nature, o professor Fred Spoor, do Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, disse que o novo crânio tem tudo para "se tornar outro ícone célebre da evolução humana".
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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