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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Acusação de 'bomba suja' é novo capítulo de guerra de versões entre Rússia e Ucrânia

A Rússia está tentando emplacar a história de que a Ucrânia iria detonar um míssil com materiais radioativos em seu próprio território para acusar os russos

© Getty Images

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ocidente acusa a Rússia de espalhar rumores sobre a construção de uma suposta "bomba suja" pela Ucrânia como um pretexto para intensificar o conflito com seu vizinho. O episódio, mais um na guerra de informações que tem caracterizado o confronto, antecede a iminente batalha pelo controle de Kherson -capital de um dos territórios ucranianos anexados por Vladimir Putin por meio de referendos considerados ilegais pela comunidade internacional.

Os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido e França receberam ligações de chefes das Forças Armadas russas nos últimos dias alertando-os da suspeita de que Kiev pretende detonar um míssil convencional com materiais radioativos em seu próprio território. O argumento é de que Moscou seria responsabilizado pela contaminação resultante, acusado de ter usado uma bomba nuclear de baixa potência.

Depois de se posicionarem individualmente no fim de semana, os três países rejeitaram as alegações da Rússia e reafirmaram seu apoio à Ucrânia em um comunicado conjunto nesta segunda (24). "O mundo enxergaria através de qualquer tentativa de usar essa alegação como um pretexto para uma escalada", diz a nota. A declaração foi ecoada pela Otan, aliança militar comandada pelas potências do Ocidente.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, desdenhou do ceticismo ocidental, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que "a incredulidade deles não significa que não haja uma ameaça". Pouco depois, o Ministério da Defesa russo anunciou que prepara suas forças para atuar em condições que envolvam contaminação radiativa.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, havia dito por sua vez que apenas a Rússia é capaz de usar armas nucleares na Europa e que o "carrossel de telefonemas" realizados pelo país deixou a situação clara. "Todos entenderam muito bem quem é a fonte de todas as coisas sujas imagináveis nesta guerra."

Um militar dos EUA afirmou, porém, que não há nem indícios de que Moscou tenha decidido enfim usar armas nucleares, biológicas ou químicas a despeito de suas reiteradas ameaças nesse sentido, nem de que Kiev esteja construindo uma "bomba suja".

As tropas de Vladimir Putin passaram os últimos dias evacuando civis de Kherson, capital de um dos territórios que ocuparam ao sul, preparando-se para uma batalha pelo controle da àrea à medida que as forças ucranianas se aproximam de lá. Segundo a inteligência ucraniana, ao mesmo tempo em que retiram equipamentos, residentes vulneráveis e feridos, o Exército russo também reforçam suas defesas.

Uma derrota russa em Kherson representaria um dos piores reveses para Putin na guerra. A capital da região foi a única grande cidade capturada pela Rússia cujo controle ela manteve intacta desde o início da guerra. Ela ainda representa seu único acesso à margem oeste do rio Dnipro, que divide a Ucrânia, e abriga a passagem para a Crimeia, península que a Rússia tomou em 2014.

As autoridades russas que atuam localmente em Kherson afirmaram que os homens que decidissem não evacuar teriam a opção de se juntar à unidade de autodefesa militar. Kiev acusa Moscou de pressionar cidadãos em áreas ocupadas, um crime de guerra de acordo com as convenções de Genebra.

Desde setembro, quando a Rússia sofreu grandes derrotas militares, Putin tem buscado escalar a guerra, tendo convocado centenas de milhares de reservistas, anunciado a anexação dos territórios ocupados e ameaçado usar armas nucleares para defender as partes que agora pertencem à Rússia.

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