Investigação realizada pelo Grupo Santa Casa de Franca, administrador do ambulatório médico de Taquaritinga, concluiu que as equipes médicas e assistenciais usaram clorexidina (de coloração transparente) no lugar de PVPI (iodo-povidona) no momento da assepsia nos pacientes
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| © Pixabay/newarta |
Investigação realizada pelo Grupo Santa Casa de Franca, administrador do ambulatório médico de Taquaritinga, concluiu que as equipes médicas e assistenciais usaram clorexidina (de coloração transparente) no lugar de PVPI (iodo-povidona) no momento da assepsia nos pacientes.
Além disso, a investigação mostrou que houve uma inversão na ordem de aplicação dos produtos -de acordo com o protocolo correto, a clorexidina é utilizada para assepsia e o soro Ringer para o selamento da incisão e, no caso das vítimas, a clorexidina foi aplicada em substituição ao soro Ringer.
"Isso significa que no processo cirúrgico a equipe médica/assistencial inverteu a ordem do uso dos produtos", diz nota assinada pela direção da Santa Casa.
Das 23 pessoas atendidas no mutirão, 12 apresentaram complicações em um dos olhos -por segurança, nunca são realizadas cirurgias simultâneas nos dois olhos.
A sindicância para investigar o caso começou no dia 28 de outubro e, segundo a Santa Casa, os pacientes receberam a medicação necessária para o tratamento das complicações e suporte assistencial.
Os pacientes afetados foram inscritos na fila de transplante de córnea de São Paulo no dia 6 de dezembro.
Todos os profissionais envolvidos na falha foram afastados. "Apesar de ter sido um erro pontual, os pacientes tiveram consequências graves", afirma a direção da Santa Casa.
Dos 12 pacientes afetados, cinco realizavam a segunda cirurgia, pois já haviam operado, com sucesso, o primeiro olho.
O resultado da sindicância será entregue à Secretaria Estadual da Saúde.
"Lamentamos profundamente o grave ocorrido e reafirmamos nosso compromisso com a qualidade e segurança do paciente. Seguiremos com a postura responsável, o que está comprovado nos laudos de que o erro não se deu nas instalações, protocolos e sim na falha humana profissional", diz a direção.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) disse lamentar o atendimento inadequado prestado aos pacientes e abriu uma investigação.
"A pasta ressalta que todos os profissionais que atuaram nos atendimentos foram afastados e os pacientes estão recebendo suporte em unidades de referência por equipe especializada, incluindo tratamento e medicamentos necessários", informa a nota.
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