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terça-feira, 27 de abril de 2021

Bolsonaro é criticado por fotografia com alusão a morte e milícias

 

A expressão "CPF cancelado" é usada por polícias e grupos de extermínio em referência a alguém que foi assassinado

© Reprodução / Palácio do Planalto

Políticos de oposição ao Presidente Jair Bolsonaro criticaram duramente o chefe de Estado por, no momento mais crítico da pandemia, ter posado ao lado de um polêmico cartaz que, supostamente, faz alusão aos assassinatos cometidos por milícias.

Em causa está uma fotografia em que Bolsonaro, ao lado do apresentador de televisão Sikêra Junior e de membros do Governo, segura uma réplica de um Cadastro de Pessoa Física (CPF), na qual está escrito "cancelado".

Normalmente, quando um cidadão morre o CPF é cancelado. A expressão "CPF cancelado" é também usada por polícias e grupos de extermínio em referência a alguém que foi assassinado, geralmente por milícias ou fações criminosas, segundo vários parlamentares e a imprensa local.

A gíria é frequentemente utilizada pelo apresentador Sikêra Júnior em referência à morte de criminosos.

A fotografia em causa foi amplamente difundida por vários políticos da oposição de Bolsonaro, que nas redes sociais acusaram o mandatário de não respeitar o fato de que milhares de brasileiros morrerem no Brasil devido à covid-19, além de criticarem o cunho violento do cartaz.

"'CPF cancelado' é uma gíria usada por milícias e grupos de extermínio para comemorar mortes. Bolsonaro não é Presidente da República. É um miliciano", acusou, na rede social Twitter, Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-candidato à Presidência do Brasil.

"É muito mais grave do que parece. Bolsonaro não apenas ironiza mortes. A placa 'CPF Cancelado' é usada por grupos pró-violência e extermínio policial. Ou seja: Bolsonaro defende publicamente essas práticas. Desde que os criminosos não sejam seus queridos filhos. Que roubam os cofres públicos há anos. Para esses, nem a lei, nem a investigação e nem o fuzil", escreveu, por sua vez, a deputada federal Jandira Feghali.

Já o deputado federal Marcelo Freixo, que chegou a presidir uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre milícias no Rio de Janeiro, classificou como "podridão" a "piada com CPF cancelado" feita pelo Presidente, no momento em que 390 mil brasileiros morreram devido à covid-19.

"O que tem que ser cancelado é o mandato de Bolsonaro. O Congresso não pode continuar omisso diante de tantos crimes. É preciso abrir o processo de 'impeachment' [destituição] imediatamente", defendeu ainda Freixo no Twitter.

"Foto oficial do Palácio do Planalto. Sabe o que significa CPF cancelado? Titular falecido. É assim que Bolsonaro ri das quase 400 mil vidas perdidas por covid-19 no país. Desprezo sem tamanho por um Brasil em luto. O lugar dessa extrema-direita é agora e no lixo da história", avaliou, por sua vez, a deputada federal Fernanda Melchionna.

A polêmica fotografia foi publicada no perfil oficial do próprio Palácio do Planalto na rede Flickr e tornou-se pública após a visita de Bolsonaro a Manaus, na última sexta-feira.

Hoje, após ser indagado sobre a fotografia, Bolsonaro irritou-se com a jornalista que colocou a questão e chamou-a de "idiota".

"Você não tem o que perguntar não? Deixa de ser idiota, menina!", disse Bolsonaro, dirigindo-se à jornalista Driele Veiga, da TV Aratu, durante uma visita à Bahia, onde o chefe de Estado causou aglomerações e circulou sem máscara.

O Brasil enfrenta atualmente a pior fase da pandemia, com escassez de medicamentos, oxigênio e hospitais em colapso, e totaliza 390.797 mortes no país e 14.340.787 infetados.


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