A expectativa é a de que Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), desembarquem na capital a partir de terça-feira (7). Os detalhes da agenda serão definidos nesta segunda.
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Esses objetivos são elencados por aliados do petista –que encerrou folga tirada após a eleição– como algumas das primeiras missões que terá antes de assumir o cargo.
Lula viajou na última terça (1º) à Bahia para descansar e chegou sábado (5) a São Paulo. Ele tem prevista para esta segunda (7) uma reunião com os principais integrantes do grupo que montou para tocar o processo de transição entre governos.
A expectativa é a de que Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), desembarquem na capital a partir de terça-feira (7). Os detalhes da agenda serão definidos nesta segunda.
A ideia é que o petista faça visitas aos presidentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, e do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber.
Também deve se encontrar com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
Embora tenha designado Alckmin como o coordenador da equipe, com o auxílio da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Aloizio Mercadante, o petista dará a palavra final em algumas etapas do processo.
No encontro desta segunda, Lula ouvirá a proposta elaborada por seus aliados para garantir a manutenção do pagamento de R$ 600 de Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família), o aumento do salário mínimo, entre outros planos. Caberá a ele avalizar a solução.
Da mesma forma, vai chancelar os nomes que serão indicados para compor sua equipe de transição. A expectativa é que nesta segunda alguns nomes já sejam oficializados. Mas, segundo Gleisi, algumas nomeações ocorrerão ao longo da semana.
A dirigente já recebeu uma lista com indicações prévias dos 10 partidos que se aliaram a Lula durante a campanha, e outras virão nos próximos dias. O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que será a sede do governo de transição, passou por algumas modificações no final de semana e já passará a receber integrantes do grupo.
Ao longo da última semana, partidos, dentre os quais PSB, PSOL, Rede, PV, PC do B, Solidariedade, Avante, Agir e Pros, indicaram nomes para compor oficialmente a transição.
Já foram enviados os nomes do presidente do PSOL, Juliano Medeiros, da presidente do PC do B, Luciana Santos, do deputado Wolney Queiroz (PDT), do porta-voz da Rede, Wesley Diógenes.
Alckmin também já designou o ex-deputado Floriano Pesaro, que tende a ser uma espécie de braço direito do vice-presidente eleito.
Ainda nesta segunda, a ideia é construir o desenho do que será a transição, definindo as comissões temáticas. Alckmin indicou a aliados querer que haja grupos maiores, subdivididos em menores.
A partir da definição do desenho, os partidos indicarão outros nomes. O PSOL, por exemplo, quer que o deputado eleito Guilherme Boulos (SP) participe das discussões.
Enquanto isso, Lula pediu, por exemplo, que Fernando Haddad (PT) sondasse o ex-ministro da Educação José Henrique Paim para que montasse um grupo para atuar na transição.
Alckmin sondou os economistas André Lara Resende, Guilherme Mello e Pérsio Arida, que é colunista da Folha, considerados pais do Plano Real, para a equipe.
O economista Guilherme Mello, professor da Unicamp, também foi acionado.
Segundo relatos, o vice-presidente conversou com a senadora Simone Tebet (MDB), que terminou em terceiro lugar na corrida presidencial, para auxiliar no processo. Aliados de Tebet dizem que ele pediu a ela que ajude também na relação com o Senado.
Após a eleição, uma das primeiras medidas de Lula foi orientar os aliados a ampliar ainda mais a frente de partidos que o circundam com a intenção de formar uma base no Congresso.
Foram procurados PSD, União Brasil e MDB. Este último terá alguma representação no ministério de Lula com a figura de Tebet, que atuou ativamente na campanha de Lula no segundo turno.
Aliados dizem acreditar que os partidos tendem a compor a base de Lula, mesmo com defecções internas.
Gleisi, que conduz as negociações políticas, deverá ter conversas nesta semana com Baleia Rossi, presidente do MDB, Gilberto Kassab, presidente do PSD, e Luciano Bivar, da União Brasil.
O presidente do MDB disse à Folha que não está preocupado com cargos. "Não queremos uma relação fisiológica pois isso já prejudicou o MDB no passado. Queremos compromisso com uma agenda de crescimento do país. Com pautas convergentes como a reforma tributária e outras mais", disse Baleia.
Pelas promessas de Lula, o número de ministérios será expandido de 22 para ao menos 32. O PT pretende usá-las para acomodações políticas. O ex-presidente tem sido cobrado a apresentar os nomes, sobretudo os que comandarão os ministérios econômicos, mas não deu indícios de que fará isso antes de dezembro.
Aliados de Lula traçaram um cenário em que a base de apoio no Senado começaria com 51 das 81 cadeiras e, na Câmara, com 312 das 513.
Integrantes do MDB defendem a formação de um bloco com União Brasil, que teria 20 senadores e 101 deputados, para pensar a sucessão da Câmara e do Senado, além da aprovação de pautas prioritárias.
Lula pode, entretanto, compor uma aliança com o centrão de Arthur Lira (PP-AL), hoje com Bolsonaro.
Em paralelo, Lula pretende aproveitar sua presença na reunião global sobre o clima, a COP27, que ocorrerá no Egito a partir deste final de semana, para reforçar a imagem de um líder empenhado no enfrentamento às mudanças climáticas.
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