Teerã promete não produzir armas atômicas e quer inspeções em troca do fim imediato das sanções econômicas impostas por Washington
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Shamkhani reiterou que o Irã se compromete a nunca desenvolver armas nucleares e estaria pronto para abrir mão de estoques de urânio altamente enriquecido, limitar o enriquecimento apenas aos níveis necessários para fins civis e permitir inspeções internacionais rigorosas. “Se os americanos fizerem o que dizem, poderemos ter relações melhores”, afirmou, indicando que um entendimento “melhoraria a situação num futuro próximo”.
A fala acontece em meio a novas sanções impostas pelos EUA nesta semana. O Departamento do Tesouro anunciou medidas contra indivíduos e empresas no Irã e na China, acusados de contribuir para o desenvolvimento local de mísseis balísticos intercontinentais. Já o Departamento de Estado sancionou autoridades iranianas ligadas ao avanço do programa nuclear, alegando que Teerã continua a expandir significativamente suas capacidades, inclusive com pesquisa de uso militar.
Apesar das tensões, os dois países concluíram no último domingo a quarta rodada de negociações desde 12 de abril. Embora não tenham anunciado avanços, fontes diplomáticas mencionam um “otimismo cauteloso” quanto à possibilidade de progresso.
Atualmente, o Irã enriquece urânio a níveis de até 60%, bem acima do limite de 3,67% estabelecido no acordo nuclear de 2015 – embora ainda abaixo dos 90% necessários para uso militar. Os EUA se retiraram unilateralmente desse pacto em 2018, durante o governo Donald Trump, e restabeleceram sanções econômicas severas.
Na mesma quarta-feira, o presidente norte-americano classificou o Irã como “a força mais destrutiva do Oriente Médio”, mas disse estar aberto a um acordo que garanta que o país jamais desenvolverá uma arma nuclear. Em discurso em Riade, onde iniciou uma viagem de quatro dias pela região, Trump afirmou que os EUA “não querem inimigos permanentes”.
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