66% dos participantes com um tipo de depósito na retina desenvolveram doenças cardíacas ou AVC
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O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) afirma que só foi possível chegar a esta conclusão porque na pesquisa todos os participantes foram acompanhados com Tomográfica de Coerência Óptica (OCT). O exame, explica, conta com avançado de sistema de imagens que fornece varreduras transversais de alta resolução da retina e por isso é a única ferramenta capaz de captar os drusenoides que se depositam abaixo da retina. “Exames de retina menos detalhados captam as drusas, depósitos de proteínas, gordura e cálcio que se formam sobre a retina conforme envelhecemos, mas nem sempre desencadeiam a degeneração macular”, pontua.
Queiroz Neto ressalta que por ficarem abaixo as retina e terem maior teor de colesterol, os drusenoides que bloqueiam a carótida, facilitam a neovascularização da retina e reduzem a perfusão do sangue que levando à perda da visão e outros problemas de saúde.
A pesquisa
Realizada em Nova Iorque, por pesquisadores do Hospital Mount Sinai a pesquisa reuniu126 pacientes com DMRI. Desses 62 apresentavam drusenoides e 64 drusas, Entre os que apresentavam drusenoides 66% tinham sido diagnosticados com doença cardíaca anterior ao estudo. Dos que não tinham doença cardíaca prévia só 11%desenvolveram drusenoides subretinianos, uma clara evidência da associação da alteração na retina com as condições cardiovasculares.
Grupos e sinais de risco
O oftalmologista ressalta que os principais grupos de risco de doenças na retina são: diabéticos, fumantes, altos míope, cardíacos, portadores de hiperlipidemia, quem tem casos na familiares e os maiores de 60 anos.
A maioria das doenças oculares passam despercebidas no início. Isso porque, a plasticidade de nosso cérebro faz com que nos adaptemos às pequenas mudanças.
Os sinais de alteração na retina enumerados pelo especialista são:
- Enxergar moscas volantes (pequenos pontos pretos flutuantes);
- Visão embaçada;
- Perda repentina da visão, parcial ou total;
- Enxergar linhas tortuosas ou flashes de luz;
- Diminuição da visão central ou lateral;
- Dificuldade de adaptação à luz ou escuridãoque pode estar associada à retinopatia diabética ou retinose pigmentar;
- Enxergar as cores desbotadas ou alteradaspodem sinalizar alteração na mácula.
Prevenção
“Prevenir doenças na retina envolve além de atenção a fatores de risco, hábitos saudáveis e acompanhamento oftalmológico regular”, salienta . Embora algumas doenças tenham componente genético ou sejam inevitáveis com o envelhecimento, muitas podem ser retardadas ou controladas. As dicas de Queiroz Neto para manter a visão saudável são:
- Faça um check-up anual, mesmo sem sintomas.
- Para diabéticos, hipertensos ou pessoas com histórico familiar, o acompanhamento pode precisar ser mais frequente.
- Inclua vitaminas C, E, A, zinco e luteína/zeaxantina (presentes em vegetais verdes como espinafre e couve)
- Essas substâncias protegem a mácula e combatem o envelhecimento da retina.
- Use de óculos escuros com proteção UV -A exposição prolongada à luz solar pode favorecer degenerações na retina e mácula. Escolha um óculos com filtro UV 100%
- Evite fumar. O cigarro aumenta o risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e doenças vasculares da retina. Use óculos de proteção em esportes ou trabalhos de risco.
- Mantenha níveis de glicose, pressão arterial e colesterol sob controle.
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