Carta enviada ao Ibama informa que operação já teve início nesta segunda (20); procurada, empresa não respondeu sobre como viabilizou empreendimento tão rápido
| Fernando Frazão/Agência Brasil |
A informação consta em um ofício enviado pela petroleira ao órgão nesta terça-feira (21), ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso, e também foi confirmada à CNN Brasil pela própria empresa.
No documento, a Petrobras diz que "a perfuração do poço exploratório [...] teve início em 20/10/2025", com referência à última segunda-feira. Não foi informado o horário de início da operação.
Esse foi o mesmo dia em que foi publicada a Licença de Operação para a empresa realizar a pesquisa por petróleo no local. A assinatura do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, aconteceu às 12h14, no horário de Brasília, segundo consta no sistema.
Procurados para explicar como a perfuração começou tão rapidamente, nem a petroleira nem o órgão ambiental responderam.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o parecer técnico do Ibama cita riscos a peixes-boi ameaçados de extinção e lembra que a AGU (Advocacia-Geral da União) permitiu que o processo de licenciamento ignorasse os impactos a povos indígenas.
O documento cita não haver óbices ao empreendimento, desde que respeitadas 34 condicionantes (dentre elas, planos de proteção à fauna, à flora e de resposta a emergências). Também são exigidos R$ 39,6 milhões em compensações ambientais.
Durante o processo de licenciamento, um dos principais entraves foi a capacidade da Petrobras de responder devidamente a vazamentos e outros possíveis problemas.
No parecer técnico final, o Ibama destaca que o principal barco de apoio a emergências, que ficará no Pará, poderia demorar 55 horas para chegar ao local, mas que uma unidade mais rápida destacada pela empresa poderá fazer um primeiro atendimento em 26 horas.
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