A conversa ocorreu no último dia 1.º, após o pronunciamento de Bolsonaro, que havia ficado 45 horas em silêncio depois de perder a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva.
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Naquela ocasião, ao se referir a manifestações de seus apoiadores, com bloqueio nas estradas, Bolsonaro justificou os atos sob o argumento de que tudo era fruto de "indignação e sentimento de injustiça" com o processo eleitoral.
O presidente chegou a convidar ministros do Supremo para uma reunião no Palácio da Alvorada. Os magistrados preferiram, porém, esperar o seu pronunciamento. Bolsonaro foi, logo depois, à sede do STF. Na conversa com os ministros, a portas fechadas, ele se referiu à fiscalização do transporte coletivo nas estradas, principalmente no Nordeste, em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições. Foi naquela região que Lula obteve mais votos.
O Estadão apurou que Bolsonaro defendeu Silvinei e pediu que nada fosse feito contra ele. Argumentou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal só estava cumprindo o seu dever ao fiscalizar o transporte irregular de veículos na eleição.
Na prática, a estratégia adotada pela PRF no segundo turno foi definida numa reunião com Bolsonaro e coordenadores de sua campanha, em 19 de outubro, no Alvorada. O encontro ocorreu no mesmo dia em que o plenário do Supremo havia confirmado a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de autorizar prefeituras e empresas concessionárias de todo o País a oferecer transporte público gratuito no segundo turno.
No passado, Silvinei foi acusado de participar de um esquema de cobrança de propina a empresas de guincho de automóveis, como mostrou o Estadão. As empresas atuavam nas BRs 101 e 280, em Santa Catarina, no fim dos anos 1990.
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A denúncia, também apresentada pelo Ministério Público Federal, teve como base depoimentos e extratos bancários obtidos com quebras de sigilo. A ação, porém, prescreveu sem que o mérito tivesse sido apreciado pela Justiça. Contra Silvinei pesou, ainda, uma acusação, feita por um dos trabalhadores, que disse ter sofrido ameaça de "tiro na testa". Questionada, a assessoria de imprensa da PRF informou apenas que o caso foi arquivado.
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