O pedido de Alexandre de Moraes de estender do prazo foi feito pela PF (Polícia Federal) na última quarta-feira (3)
| Rovena Rosa/Agência Brasil |
O pedido de dilatação do prazo foi feito pela PF (Polícia Federal) na última quarta-feira (3). De acordo com o relator, há necessidade de continuidade das apurações do caso e diligências ainda pendentes.
O inquérito apura os supostos crimes de coação, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Moraes abriu o inquérito em 26 de maio a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). O procurador-geral Paulo Gonet afirmou que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter cometido os crimes ao atuar, nos Estados Unidos, junto a autoridades estrangeiras, contra integrantes do Supremo da PGR e da PF.
Moraes ainda determinou que a Polícia Federal monitore e preserve o conteúdo publicado por Eduardo nas redes sociais que tenham relação com os possíveis crimes cometidos pelo deputado licenciado.
A ofensiva do parlamentar se deu após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmar à Câmara dos Representantes, na semana anterior à abertura do inquérito, que uma possível sanção contra Moraes estava em estudo na Casa Branca. "Está em análise neste momento e há uma grande possibilidade de acontecer", declarou.
Na véspera do despacho de Moraes sobre a investigação, nesta segunda (7), o presidente dos EUA Donald Trump afirmou que o Brasil está fazendo uma "coisa horrível" no tratamento dado ao ex-presidente. O americano também disse Bolsonaro estaria sendo perseguido.
Ministros do Supremo minimizaram as críticas de Trump. A avaliação é a de que as declarações fazem parte de uma narrativa política e não merecem reação institucional da corte.
Afirmam ainda que não houve nenhuma medida concreta contra o Brasil ou os ministros. Para os magistrados, portanto, a resposta deve ser dada pela política ou pela diplomacia. Ou seja, pelo presidente Lula (PT) ou pelo Itamaraty -algo que o petista fez pouco depois da mensagem de Trump.
A AGU (Advocacia-Geral da União) afirmou também nesta terça que acompanha o andamento do processo movido pelas empresas Rumble e Trump Media na justiça da Flórida contra Moraes.
Na segunda, as empresas voltaram a pedir a citação do ministro, desta vez indicando endereço no Brasil para entrega do mandado. As duas plataformas acusam Moraes de dar ordens ilegais de censura de usuários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!