Após Donald Trump anunciar tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia, líderes europeus prometeram manter a união do bloco e defender seus interesses. Ursula von der Leyen não descartou contramedidas proporcionais caso um acordo não seja firmado até 1º de agosto
![]() |
| ©Pixabay |
Em carta divulgada na rede Truth Social, Trump afirmou que a nova taxa será aplicada “independentemente de todas as tarifas setoriais”. O republicano também condicionou uma eventual reversão da medida ao fato de empresas europeias passarem a fabricar nos EUA. Caso a UE opte por retaliar, Trump avisou que qualquer tarifa adicional será somada aos 30% já impostos.
Von der Leyen respondeu que a Comissão Europeia está aberta ao diálogo até o prazo de 1º de agosto, mas deixou claro que, se necessário, adotará “todas as medidas cabíveis para proteger os interesses da UE”, incluindo contramedidas proporcionais.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, reforçou que o bloco deve permanecer “firme, unido e preparado” para proteger seus interesses e seguir construindo parcerias comerciais globais. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, classificou a decisão como um “desvio significativo” nas relações comerciais, embora tenha elogiado a resposta “serena” de Bruxelas.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que nenhuma opção está descartada. “Se houver escalada, poderá haver reciprocidade tarifária”, disse.
Outros líderes europeus também reagiram. O governo italiano expressou apoio total à Comissão e afirmou confiar na boa vontade das partes para alcançar um acordo justo que fortaleça o Ocidente. O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, declarou que “a Comissão pode contar com nosso total apoio” e pediu unidade dentro da UE.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, disse apoiar “plenamente” a intensificação das negociações, mas cobrou da Comissão “respostas confiáveis” às medidas americanas. A ministra alemã da Economia, Katherina Reiche, defendeu uma solução pragmática e rápida.
Em linha com o governo alemão, a Federação da Indústria da Alemanha (BDI) classificou o anúncio de Trump como um “sinal de alarme” para os setores industriais dos dois lados do Atlântico, alertando para os riscos à recuperação econômica e à cooperação internacional.
Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez se manifestou pelas redes sociais e considerou as tarifas “injustificadas”. “Apoiaremos a Comissão para alcançar um acordo com os EUA antes de 1º de agosto. Unidos, somos o maior bloco comercial do mundo. Usemos essa força para negociar com justiça”, escreveu.
Do lado americano, Trump reafirmou sua posição em entrevista à Fox News. “Esses países se aproveitaram de nós por 30 ou 40 anos. Agora estão chateados porque vamos cobrar para que tenham o privilégio de fazer negócios aqui”, afirmou o presidente.
VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!