Nicolás Maduro afirmou que as ameaças dos EUA, que planejam enviar navios militares ao Caribe para combater o narcotráfico, fortalecem os planos de defesa da Venezuela. O presidente convocou milicianos para novo alistamento e acusou Washington de violar a Carta da ONU com ações hostis
| Marcelo Camargo/Agência Brasil |
“Temos de aproveitar todas essas circunstâncias (...) para fortalecer os nossos planos de defesa da nação, para nos reforçarmos moral, política, institucional e psicologicamente”, declarou Maduro na quinta-feira (28), durante a cerimônia de encerramento de um curso militar, transmitida pela emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV).
Segundo o líder venezuelano, o país enfrenta uma “situação de assédio e cerco”, além de “ameaças ilegais que violam a Carta das Nações Unidas”, sem citar diretamente os EUA, que na semana passada disseram estar prontos para “usar todo o seu poder” contra o narcotráfico supostamente ligado ao governo de Caracas.
“Depois de 20 dias de assédio contra a nação venezuelana, hoje somos mais fortes do que ontem, mais preparados para defender a paz, a soberania e a integridade territorial”, acrescentou Maduro, ressaltando que sua administração teria atualmente mais apoio internacional “do que nunca”.
No mesmo evento, o presidente destacou que a nova jornada de alistamento da milícia, prevista para sexta-feira e sábado, contará com 945 pontos de inscrição para recrutar venezuelanos dispostos a defender o país diante do que chama de ameaças norte-americanas.
A Casa Branca, por sua vez, declarou na quinta-feira que diversos países latino-americanos apoiam a iniciativa militar dos EUA nas águas do Caribe.
“O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel de drogas. Maduro não é um presidente legítimo, mas o chefe fugitivo desse cartel. Ele foi acusado nos Estados Unidos de traficar drogas para o nosso país”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em entrevista coletiva.
Na terça-feira, a missão permanente da Venezuela junto à ONU acusou os EUA de planejarem o envio de “um cruzador de mísseis” e “um submarino nuclear de ataque rápido” para a costa venezuelana, além de outros “navios de guerra” destacados no mar do Caribe, classificando a medida como “ações hostis” do governo Donald Trump.
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