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sábado, 30 de agosto de 2025

Pai de crianças envenenadas pela mãe abusava de irmãs da mulher

Homem teve dois filhos com Gisele Oliveira que morreram em 2010. A mulher, foi detida em Portugal no âmbito de um mandado de captura das autoridades internacionais, por suspeitas de ter assassinado, no Brasil, cinco filhos por envenenamento.

© Reprodução/X

A Polícia Civil confirmou, na sexta-feira, que prendeu o pai de duas das cinco crianças que teriam sido assassinadas pela própria mãe, no Brasil, por ser suspeito de abusar sexualmente de três irmãs da ex-companheira, que foi presa em Portugal neste mês de agosto.

O homem, de 58 anos, que está em prisão preventiva, teria cometido os abusos entre 2008 e 2010, quando as vítimas tinham entre 4 e 12 anos. Durante as investigações, ele também teria coagido as vítimas, que hoje têm entre 19 e 27 anos.

“Nós cumprimos o mandado de prisão. Ele segue em prisão preventiva e, em pouco tempo, o inquérito será concluído com o indiciamento do investigado”, afirmou a delegada Valdimara Teixeira, responsável pelo caso, em entrevista à imprensa brasileira.

Esse inquérito foi instaurado para apurar os abusos sexuais, mas a prisão preventiva foi decretada por causa da coação das vítimas, que denunciaram que o suspeito as procurava para tentar orientar o que poderiam ou não dizer à polícia. As autoridades descobriram que, por medo, algumas chegaram a omitir informações em seus depoimentos.

“Ele as procurava, ameaçava e tentava sugerir o que deveriam falar durante a oitiva, o que poderiam ou não relatar. Foi isso que nos motivou a pedir a prisão preventiva, porque a investigação estava sendo totalmente prejudicada. Eu tive que ouvir algumas testemunhas mais de uma vez, porque elas não contavam tudo em cartório, já que ele as intimidava”, detalhou a delegada.

O suspeito era agente penitenciário e usava essa função para intimidar as vítimas.

A polícia descobriu os abusos no decorrer das investigações sobre a morte de cinco crianças, filhas de Gisele Oliveira, de 40 anos, presa em agosto em Portugal, para onde havia fugido.

Em 2010, o homem declarou que não sabia nada sobre as mortes, mas, em 2025, afirmou que já desconfiava da ex-companheira naquela época. Diante das contradições, a polícia ouviu novas testemunhas, o que revelou os relatos dos abusos contra as irmãs de Gisele.

“Todas as testemunhas ouvidas afirmaram que ela tinha conhecimento dos abusos cometidos pelo companheiro da época. Estamos apurando a responsabilidade dela nesses crimes”, acrescentou a delegada.

Vale lembrar que esse suspeito era pai de duas das crianças mortas por Gisele Oliveira em 2010 — uma de 2 anos e 8 meses e outra de apenas 10 meses.

No início de agosto, a Polícia Judiciária (PJ), de Portugal, anunciou a prisão de Gisele Oliveira em Pombal, no distrito de Leiria. Ela é suspeita de matar cinco filhos no Brasil com o uso de sedativos.

A brasileira teria chegado a Portugal em abril deste ano, onde vivia com o companheiro que já estava no país havia três anos. Com eles, estava um menino de 12 anos, filho do casal e o único sobrevivente.

Segundo explicou a PJ na época, Gisele é suspeita de matar cinco filhos, três deles com o atual companheiro. O “modus operandi” consistia, de acordo com as autoridades, na “administração intencional e repetida de substâncias sedativas, que teriam provocado a morte de cinco de seus filhos menores”.

Conforme a Interpol e as autoridades portuguesas, “todas as situações ocorreram na casa onde a mulher residia e quase sempre à noite”. Nessas ocasiões, “sem a presença de testemunhas”, ela administrava altas doses de sedativos às crianças, o que foi causando problemas de saúde ao longo dos anos.

Duas das crianças morreram em 2010 (as filhas do homem agora preso), outras duas em 2019 e uma em 2023.

Inicialmente, o inquérito foi arquivado por falta de autoria, mas o caso voltou a ser investigado em 2023, após a morte de mais um dos filhos da suspeita e a denúncia feita por uma tia da vítima no hospital.

Segundo a delegada Valdimara Teixeira, a maior parte dos inquéritos já foi concluída. “São casos que se arrastam há 15 anos. Trabalhamos muito para dar uma resposta rápida à sociedade”, destacou.

VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO    

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