Alguém acionou o alarme de incêndio quando notou que um garoto estava armado, na tentativa de esvaziar o colégio o mais rápido possível
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| © Getty Images |
O ataque que deixou ao menos dez mortos -nove alunos e um professor- numa escola de Santa Fé, uma cidadezinha nos arredores de Houston, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (18) começou com o som de um alarme de incêndio seguido de disparos e dos gritos desesperados das vítimas.
Muitos dos estudantes não viram o suposto atirador, um aluno de 17 anos chamado Dimitrios Pagourtzis, já detido pelos policiais, mas se lembram horrorizados dos ruídos da chacina que acontecia ali. "Ouvi bum, bum, bum, e então saí correndo para me esconder no bosque e ligar para a minha mãe", disse uma aluna às câmeras de TV. "Ninguém deveria passar por isso, ninguém deveria sentir essa dor."
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| © Reprodução / Facebook |
Outra aluna, Angelica Martinez, conta que saiu correndo da sala de aula quando ouviu o alarme de incêndio, pensando ser só um ensaio de rotina em casos de fogo no colégio, e então ouviu os primeiros tiros. "Eu só estava correndo. Parecia que os tiros estavam vindo de dentro da escola", ela lembra. "Logo que ouvi os tiros, eu liguei para a minha mãe e disse que havia um atirador e estavam tentando tirar todo mundo do prédio."
Uma aluna que se escondeu no auditório da escola conta que não demorou para entender o que estava acontecendo. "Ouvi uns barulhos muito altos, não sabia o que eram na hora, mas aí quando ouvi os gritos eu entendi", disse. "Isso está acontecendo em todos os lugares, então pensei que também poderia acabar ocorrendo aqui."
O estudante Tyler Turner, que disse ter visto um menino suspeito no corredor, conseguiu sair do colégio e lembra de ter visto também algumas vítimas que fugiram com vida, entre elas uma menina baleada no joelho -há pelo menos 12 feridos no ataque sendo tratados agora em hospitais da região.
Ele conta ainda que alguém acionou o alarme de incêndio quando notou que um garoto estava armado, na tentativa de esvaziar o colégio o mais rápido possível. Outras testemunhas, no entanto, dizem que o próprio atirador ou um cúmplice teria disparado o alarme para alvejar estudantes enquanto saíam das salas.
Bombas caseiras e panelas de pressão, usadas para montar explosivos, foram encontradas na cena do crime, e a polícia pediu cautela a todos. Grace Johnson, outra estudante, conta que foi se esconder com colegas e um professor no sótão do prédio, onde tentaram manter a calma e esperar o fim de mais um massacre numa escola americana.
"Muitas crianças estavam tendo ataques de pânico, então ficamos num círculo e rezamos por todos", disse Johnson. "Já tínhamos ensaiado o que fazer em casos de atiradores, por causa de Parkland."
Ela lembra, no caso, a escola da Flórida alvo de outro atirador, que matou 17 pessoas ali em fevereiro. O ataque em Santa Fe já é o quarto pior da história dos EUA, engrossando uma lista que só aumenta -16 casos como esse já já foram registrados em 2018.
Vários alunos de Parkland usaram as redes sociais para pedirem mais controle na venda de armas e expressarem apoio às vítimas em Santa Fe. "Escola de Santa Fe, vocês não merecem isso. Vocês merecem paz em toda a vida, não apenas após uma lápide ser colocada sobre a sua cabeça", disse Emma Gonzales, sobrevivente do ataque na Flórida. "Vocês merecem mais do que pensamentos e preces, e após vocês nos apoiarem em protestos, nós estamos aqui para dar apoio e eco às suas vozes."
O presidente americano Donald Trump disse estar "triste e de coração partido" com o ocorrido no Texas. "Isso já vem acontecendo há muito tempo no nosso país, anos demais, décadas demais", disse.
"Minha administração está determinada a fazer tudo que puder para proteger alunos e escolas e manter armas fora das mãos de quem representa uma ameaça. É um dia triste." Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto


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