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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Prefeitura de SP confirma circulação da variante delta do coronavírus na cidade

A transmissão comunitária do coronavírus foi atestada após o rastreamento de ao menos 40 pessoas que tiveram contato com o primeiro paciente infectado

 

© Shutterstock

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo confirmou que a variante delta da Covid-19 já circula na capital paulista. A transmissão comunitária do coronavírus foi atestada após o rastreamento de ao menos 40 pessoas que tiveram contato com o primeiro paciente infectado, um homem de 45 anos morador da zona leste da cidade.

O paciente, atendido na UBS Belenzinho, teve o diagnóstico de Covid-19 confirmado em 21 de junho, dois dias após procurar a unidade de saúde com sintomas gripais.

A confirmação de que se trava da cepa indiana só veio em 5 de julho, já que o teste do paciente estava entre as amostras enviadas semanalmente pela prefeitura aos institutos Adolfo Lutz e de Medicina Tropical da USP, que fazem o levantamento de quais variantes circulam pelo município.

Após a confirmação, a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) começou a rastrear todas as pessoas que tinham tido contato com o paciente e colocou a família em isolamento. A mulher dele, de 43 anos, também foi infectada pela Covid. Além dos dois, o enteado de 26 anos e o filho do casal, de 9 anos, ficaram em quarentena.

Como o paciente informou que não havia viajado nem tido contato com pessoas que viajaram, a Covisa começou a trabalhar com a hipótese de transmissão comunitária da variante delta. Segundo a secretaria da Saúde, o paciente está em home office, mas como a sua esposa trabalha com atendimento ao púbico, foi necessário investigar os contatos de muitas pessoas para descartar que não houve contato com viajantes.

"Foram identificados casos secundários do mesmo núcleo familiar que estão em investigação contudo, todos os casos relacionados evoluíram com manifestações clinicas leves, não sendo necessário internação. Não houve viabilidade para análise das amostras colhidas do núcleo familiar, também foram investigados locais de trabalho e outros contatos próximos do caso.

Após a investigação epidemiológica, não foi possível identificar a origem da infecção. Dessa forma, pode-se considerar a possibilidade de transmissão comunitária da variante delta no Município de São Paulo", diz nota da secretaria enviada à reportagem.

Mesmo antes da confirmação da presença da cepa indiana na cidade, a prefeitura passou a monitorar passageiros que desembarcam nos terminais rodoviários da capital e, também, no aeroporto de Congonhas. "Até o momento, foram abordados 215.343 passageiros, com 125 testes realizados (oito casos positivos). Esses passageiros foram orientados a fazer o isolamento social", informou em nota a Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas, além do Brasil outros 13 países do continente americano já registram a circulação da cepa delta. Pesquisadores apontam que essa variante possivelmente apresenta um nível de transmissibilidade cerca de 50% maior do que linhagens anteriores do vírus.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que até o momento são 20 casos notificados da variante delta no Brasil. Os seis primeiros foram confirmados entre a tripulação de um navio oriundo da Malásia ancorado na costa maranhense, em maio. Três casos no Rio de Janeiro, um em Minas Gerais, sete no Paraná, dois em Goiás e um em São Paulo.

Foram quatro mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde, sendo uma no Maranhão e três no Paraná. "Os dados coletados até o momento não demonstram circulação comunitária, no entanto, é importante ressaltar que as investigações estão em andamento", esclarece.

Um estudo recente, publicado em artigo na revista científica Nature no início deste mês, mostrou que a variante delta consegue escapar parcialmente dos anticorpos de pessoas vacinadas ou já curadas da Covid-19.

A mesma pesquisa mostrou que apenas uma dose das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca/Oxford não são suficientes para proteger contra uma infecção por essa linhagem. A proteção após a segunda dose, porém, ficou acima de 60% –o que reforça a necessidade de um ciclo de vacinação completo.

Segundo especialistas, as medidas de proteção básicas, como uso correto de máscaras, distanciamento social, boa ventilação dos ambientes e higiene das mãos, seguem sendo essenciais para evitar que a variante delta se espalhe ainda mais.

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO 

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