Raphael Montenegro, Wellington Nunes da Silva e Sandro Farias Gimenes foram presos na ação
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O processo que envolve o ex-secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro, foi redistribuído hoje, (18) para a 5ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal.
A redistribuição ocorreu porque Montenegro foi exonerado do cargo que lhe garantia foro especial por prerrogativa de função. Além dele, foram presos também o subsecretário de Administração Penitenciária, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente operacional da Secretaria de Administração Penitenciária, Sandro Farias Gimenes.A ordem de prisão distribuída ontem (17) partiu do desembargador federal Paulo Espirito Santo, da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). A decisão do desembargador foi tomada a partir de representação da Polícia Federal (PF), que cumpriu os mandados. O magistrado determinou também buscas e apreensões em endereços dos acusados.
De acordo com as investigações, Montenegro, Silva e Gimenes intercederiam a favor do retorno para o Rio de Janeiro de presos integrantes do Comando Vermelho que se estavam presos fora do estado. O objetivo seria possibilitar que “continuassem comandando (com maior facilidade) suas atividades criminosas de dentro da cadeia, ao passo que os presos, dariam uma ‘trégua’ em determinadas atividades criminosas, a fim de que prevalecesse perante a sociedade e as autoridades de segurança pública uma falsa sensação de tranquilidade social”.
Segundo a PF, há também suspeita de que os investigados supostamente negociassem pagamento de propinas, pois teriam realizado tratativas com a advogada do traficante Marcinho VP, um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho, mantido no presídio federal de Catanduvas (PR), e com defensores de outros presos, para transferi-los para a capital fluminense.
O secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro pediu ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) uma autorização para ir pessoalmente a Catanduvas para se inteirar da situação dos detentos, entre eles, Marcinho VP, com quem conversou pessoalmente.
A ida do então secretário à Catanduvas causou estranhamento nas autoridades do Depen, que avisaram imediatamente ao juiz corregedor dos presídios, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal.
O desembargador federal Paulo Espirito Santo, em um primeiro momento, pediu a prisão temporária por cinco dias dos acusados, mas devido à gravidade dos fatos transformou as prisões em preventiva, por tempo indeterminado. No pedido de prisão, o desembargador escreveu que os crimes apontados incluem falsidade ideológica, prevaricação e advocacia administrativa.
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