O problema ocorreu nos dias 20 e 21 de julho e teve origem no Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos Financeiros do Judiciário), usado pelo Poder Judiciário para rastrear ativos financeiros de pessoas com processos na Justiça.
| © Bruno Peres/Agência Brasil |
Segundo especialistas em segurança digital, os dados expostos, embora não incluam saldos bancários, senhas ou extratos, ainda representam um grande risco. Informações como CPF, celular e e-mail são suficientes para facilitar fraudes e golpes mais elaborados.
"Mesmo sem dados sensíveis, os dados vazados, como CPF, e-mail e celular, são suficientes para facilitar golpes e fraudes mais sofisticadas. Os criminosos usam essas informações para criar ataques mais personalizados, aumentando as chances de sucesso das fraudes. Eles ligam, mandam mensagens ou e-mails usando dados que só alguém de confiança deveria ter. Isso engana as vítimas com mais facilidade", alerta Carlos Sampaio, especialista em Segurança Cibernética e da Informação, em entrevista ao site UOL.
O uso indevido dessas informações pode incluir a abertura de contas falsas com o CPF de outras pessoas. A partir disso, os golpistas conseguem contratar empréstimos e cometer outros crimes financeiros.
Para saber se seus dados foram utilizados indevidamente, o cidadão pode acessar o Registrato, serviço gratuito do Banco Central. A ferramenta mostra todas as contas, cartões e relações financeiras ligadas ao CPF. Caso identifique algo suspeito, é possível pedir o encerramento da conta ou contestar o vínculo diretamente na plataforma.
Outros serviços, como Serasa e Boa Vista, também podem ajudar a identificar tentativas de crédito ou movimentações financeiras anormais. Além disso, é importante desconfiar de mensagens, ligações ou e-mails com pedidos de transferência ou confirmação de dados.
"Um golpe muito comum é alguém dizer que fez uma transferência errada para sua chave Pix e pedir o dinheiro de volta. Com os dados vazados, esses golpes ficam mais convincentes", explica Sampaio.
Quem quiser se proteger ainda mais pode excluir sua chave Pix e cadastrar uma nova, inclusive no formato de chave aleatória, diretamente pelo aplicativo do banco. A partir de dezembro, o Registrato também permitirá o bloqueio do CPF para abertura de novas contas — recurso que poderá ser revertido pelo próprio usuário, se desejar.
Confira as recomendações para se proteger:
- Verifique se há contas abertas em seu nome no Registrato;
- Ative o bloqueio de abertura de contas usando seu CPF;
- Considere trocar suas chaves Pix por versões aleatórias;
- Desconfie de mensagens, ligações ou e-mails com dados
- pessoais e pedidos de transferência;
- Use autenticação em dois fatores sempre que possível;
- Cadastre-se em serviços de alerta de crédito, como Serasa ou Boa Vista.
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