Desde que a conferência foi anunciada na capital paraense, o preço dos hotéis explodiu e a organização busca alternativas para dar conta tanto do preço da hospedagem quanto do déficit de leitos para acomodar as cerca de 50 mil pessoas que devem comparecer
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O evento ocorre em novembro em Belém, no Pará. Desde que a conferência foi anunciada na capital paraense, o preço dos hotéis explodiu e a organização busca alternativas para dar conta tanto do preço da hospedagem quanto do déficit de leitos para acomodar as cerca de 50 mil pessoas que devem comparecer.
Nas últimas semanas, o governo brasileiro tem sido cobrado por delegações de outros países. Como mostrou a Folha de S.Paulo, dezenas de representantes de países assinaram uma carta pressionando pela mudança da sede de pelo menos parte do evento da capital paraense para outra cidade -a organização da cúpula tem reafirmado que não há chances de alterações.
A ideia é que o governo brasileiro faça uma espécie de meio de campo com as delegações, atuando para resolver o problema de cada uma delas individualmente. Isso seria coordenado por um grupo formado por assessores dos ministérios do Turismo e do Meio Ambiente, além de representantes da organização do megaevento.
O grupo passaria a assessorar cada delegação que entrar em contato com o governo brasileiro alegando dificuldades logísticas. Caberia ao grupo, por exemplo, indicar sugestões de acomodações na capital paraense que ainda estão disponíveis.
O tema foi discutido em reunião na quinta-feira (14) entre os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Celso Sabino (Turismo), além do presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e Valter Correia da Silva, secretário extraordinário para a COP30.
"Pela primeira vez, o mundo vai debater sustentabilidade na porta de entrada da amazônia, e Belém está se preparando para fazer história!", escreveu Sabino nas redes sociais, em publicação que também mencionou a reunião.
Até aqui, o governo vem tentando contornar a crise dos preços de hotéis com duas frentes: processos administrativos via Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Como mostrou a Folha, porém, as empresas se recusam a apresentar ao Executivo explicações sobre os preços altos praticados para o evento.
Também foi iniciada a negociação para tentar construir um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), mas não houve, até aqui, acordo entre o setor e o governo.
Enquanto isso, o Brasil é pressionado pelos países que, no final de julho, realizaram uma reunião extraordinária da UNFCCC (o braço de clima da ONU) para cobrar dos organizadores da COP30 explicações sobre a situação.
Após o encontro, a UNFCCC compilou as reclamações e formulou 48 questionamentos para os quais o Brasil precisa apresentar esclarecimentos.
Na última segunda (11), o país enviou uma carta com as respostas para o órgão da ONU, que a compartilha com as outras nações. Uma nova reunião deve acontecer nos próximos dias -depois de dois adiamentos.
Segundo pessoas que acompanham o tema, o plano do governo brasileiro é argumentar que as medidas tomadas até o momento -como mobilização de navios cruzeiros, habitações do Minha Casa Minha Vida, incentivo ao aluguel pelo Airbnb e a criação do site de hospedagem- vão começar a surtir efeito a partir de agora e resolverão o problema.
Além disso, eles afirmam que o governo tem atuado continuamente para sanar esses problemas, em contato permanente, por meio de várias instâncias, com os grupos estrangeiros.
Segundo as contas da organização da COP30, a cidade de Belém já dispõe de 53 mil leitos, mais do que os 50 mil calculados como necessários para acomodar todos os que devem comparecer.
Em nota, a presidência e a secretaria extraordinária para a COP dizem reafirmar o compromisso de realizar uma "conferência ampla, inclusiva e acessível, assegurando que todas as delegações tenham condições adequadas de participação".
O texto também afirma que, para combater "preços abusivos", a Senacon já abriu processo administrativo para "apurar práticas abusivas nas relações de consumo e eventuais indícios de crimes contra a economia popular".
Os organizadores da conferência também afirmam que o plano de acomodação foi elaborado em conjunto com a ONU e está em "implementação por fases", já tendo mapeado 53 mil leitos. Houve ainda, ressalta a COP30, o lançamento da plataforma eletrônica cop30.bnetwork.com, que concentra mais 2.700 quartos para o público.
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