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segunda-feira, 30 de março de 2020

Sambódromo do Rio de Janeiro abrigará sem-tetos

A Marquês de Sapucaí fornecerá abrigo e assistência a cerca de 400 sem-tetos.

© DR
O Sambódromo do Rio de Janeiro, palco dos famosos desfiles de carnaval, irá acolher os cidadãos sem-teto que não têm forma de se proteger da pandemia do novo coronavírus. A partir de hoje, a monumental estrutura de cimento do Sambódromo da Marquês de Sapucaí fornecerá abrigo e assistência a cerca de 400 sem-tetos que, por morarem nas ruas, sem acesso a condições de higiene e sem uma boa nutrição, são uma população considerada de alto risco de infecção pela covid-19.


Oficialmente denominado como "Passarela Professor Darcy Ribeiro", o sambódromo do Rio de Janeiro foi construído pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer em 1984, num tempo recorde de 120 dias, e desde então é palco dos desfiles de carnaval mais famosos do mundo, embora também já tenha sido usado para espetáculos musicais de bandas como 'The Rolling Stones' ou 'Black Sabbath'.
A estrutura tem capacidade para receber mais de 72.500 espectadores e é composto por uma passarela que se estende por 700 metros e termina com uma área conhecida como Praça da Apoteose.
No entanto, sob as bancadas do sambódromo serão agora montadas camas, de forma a fornecer um teto decente para os sem-abrigo.
"Aqui eles poderão tomar banho e fazer a sua higiene pessoal. Receberão um kit de higiene com escova e pasta de dentes, sabonete e terão uma equipe técnica multidisciplinar que os acompanhará", explicou à agência Efe a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos da prefeitura, Jucélia Oliveira Freitas.
As instalações foram esterilizadas durante o fim de semana para que fossem montadas as habitações, e, na entrada do complexo foram adaptadas pias para a lavagem das mãos, de forma a iniciar o processo de higiene dos moradores de rua.
Cada divisão será equipada com seis a sete camas, que terão a separação adequada entre elas para que se respeitem as devidas medidas preventivas, sendo que o espaço será mantido arejado com pelo menos dois ventiladores.
A primeira unidade - que abrigará 128 homens adultos - já se encontra pronta e a sua adaptação total será finalizada esta semana, data em que mais duas unidades serão concluídas.
A segunda unidade terá 144 vagas disponíveis para mulheres, mães com crianças e mulheres grávidas, e uma terceira será destinada a cerca de 120 idosos.
No total, o sambódromo acolherá cerca de 400 pessoas que vivem nas ruas do Rio de Janeiro, que é o segundo estado mais afetado pelo novo coronavírus, tendo registrado, até o último domingo 17 mortos e 600 infectados.
A Prefeitura desconhece o número exato de habitantes que vivem nas ruas da 'cidade maravilhosa', embora em 2018 a entidade tenha estimado cerca de 5.000 cidadãos sem-teto. Outros estudos anteriores calcularam, em 2016, a presença de cerca de 15.000 moradores de rua no Rio de Janeiro.
"Na nossa rede, já recebemos 3.400 pessoas da rua. Com todos estes novos abrigos que estão sendo construídos, teremos mais ou menos a ideia de quantos sem-teto existem no Rio de Janeiro. No momento não temos o número exato", afirmou a secretária.
Apesar de ser uma população que corre um risco elevado de infecção, a prefeitura não obrigará ninguém a se proteger nos abrigos, já que a experiência mostra que estes cidadãos se deslocarão voluntariamente, porque, além de um teto e banheiros eles terão acesso a "roupas novas e limpas, toalhas e três refeições diárias, para que possam estar protegidos durante esta pandemia".
O mesmo não acontecerá com os sem-teto infectados pelo novo coronavírus, que serão encaminhados para centros de saúde ou espaços adequados para o tratamento da doença, onde serão forçados a permanecer isolados até à sua recuperação.
O número de mortos no Brasil devido ao novo coronavírus aumentou no domingo para 136, sendo que o país ultrapassou os quatro mil casos confirmados da doença, registrando 4.256 infectados, informou o Ministério da Saúde.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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