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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Confirmado caso de coronavírus na Terra Indígena Jaraguá

O indígena contaminado não apresenta sintomas graves da doença e "está bem"

© Pixabay
Representantes da Terra Indígena (TI) Jaraguá, na zona norte de São Paulo, comunicaram ontem (22) o primeiro caso da covid-19 na comunidade, mediante testagem. Segundo o guarani Thiago Henrique Karai Djekupe, o indígena contaminado, cuja idade não foi divulgada, não apresenta sintomas graves da doença e "está bem".


Karai Djekupe informou que o paciente havia feito o teste "semanas atrás", mas que o resultado foi entregue somente ontem (22). O guarani disse que a comunidade já calculava que o novo coronavírus poderia atingi-la, devido à suscetibilidade em que se encontra, atualmente agravada pelo ritmo de propagação viral observado no município de São Paulo.
"É triste a notícia, mas também já era algo esperado, por estarmos na terra indígena mais exposta no momento, no meio da cidade de São Paulo, no meio dessa grande metrópole, onde mais vêm ocorrendo os casos de covid. Estando nessa situação, já era previsto que a covid-19 ia chegar até a nossa comunidade, que ia nos alcançar e que íamos passar por esse momento", disse Karai Djekupe.
Karai lembrou que o vírus não ataca somente idosos, e que no dia 9, o adolescente yanomami Alvaney Xiriana Pereira, de 15 anos, morreu por causa do coronavírus.   
Em nota, representantes da comunidade informaram que "outros casos sintomáticos estão em análise e sob os cuidados necessários". Eles acrescentam que têm dificuldade de mensurar o impacto da covid-19 no local, pela demora dos resultados dos exames.
"Os testes em casos sintomáticos seguem em uma demora de aproximadamente 15 dias para resposta. Esse tempo é inadmissível frente a crise pandêmica instaurada no país. Sem teste rápido não há como identificar quem deve permanecer em isolamento e devido tratamento. Sem um espaço específico e adequado para isolamento não há prevenção e cuidado, sem isolamento, sem prevenção e sem cuidados, há contaminação", diz a nota.
A demora na entrega de resultados de exames da covid-19 tem sido criticada por defensores dos direitos indígenas. No caso de uma mulher do povo borari, a demora foi questionada pelo Ministério Público Federal (MPF), justificando a abertura de um inquérito, em março. Ela era considerada uma guardiã de Alter do Chão, em Santarém (PA), e tinha 87 anos.
Oficialmente, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) reconhece apenas quatro mortes por covid-19 entre indígenas. Até a tarde de ontem (22), constavam do balanço da pasta 20 casos suspeitos, 42 confirmados, 90 descartados e oito recuperações.
À Agência Brasil, a Sesai disse que tem buscado "respeitar as especificidades dos povos indígenas" e que "atualiza constantemente seus documentos orientadores, estabelecendo novas ações a partir das deliberações estabelecidas pelo seu comitê de crise".
Até o momento, segundo a Sesai, o total de kits de testes rápidos reservados para a população indígena é de 10.380 unidades. Além dos kits, a pasta distribuiu 8,9 mil unidades de máscaras N95 e máscaras cirúrgicas e 96,4 mil luvas de procedimento.
"A Sesai permanece trabalhando para atender aos mais de 800 mil indígenas aldeados e presentes em todo o Brasil. Para isso, vem orientando atenção máxima às equipes multidisciplinares de saúde indígena e demais profissionais que atuam para o cumprimento do Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo Novo Coronavírus em Povos Indígenas", disse, acrescentando que os agentes estão sendo orientados a priorizar o trabalho de busca ativa domiciliar de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Com informações da Agência Brasil
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