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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Dólar é negociado acima de R$ 5 após sequência de altas

Perto das 9h, o dólar à vista avançava 0,48%, a R$ 5,0140 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a R$ 5,0195.

© Shutterstock

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar começa a quarta-feira (27) negociado acima dos R$ 5, após altas nos últimos três pregões, enquanto investidores digerem dados de inflação domésticos mais fracos que o esperado.

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,73% em abril, sobre alta de 0,95% no mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,85% para o período.

Perto das 9h, o dólar à vista avançava 0,48%, a R$ 5,0140 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a R$ 5,0195.

A moeda norte-americana fechou a última sessão em alta de 2,32%, a R$ 4,9899, maior valor desde 18 de março (5,017), última vez que encerrou acima de R$ 5.

O Banco Central fará neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de junho de 2022.

Na véspera, o dólar comercial subiu 2,29%, cotado a R$ 4,99, patamar que não era frequentado em um fechamento diário desde 18 de março. Após três dias de fortes altas, a moeda americana acumula ganho de 4,80% frente ao real neste mês, embora ainda apresente queda de 10,5% no ano.

O real também teve a maior desvalorização diária entre as moedas de todos os países, considerando o retorno à vista frente ao dólar em uma lista de 150 divisas compilada pela agência Bloomberg.

Na Bolsa de Valores brasileira, o índice de referência Ibovespa mergulhou 2,23%, a 108.212 pontos, em um dia de baixas significativas nos setores bancário, de tecnologia e das commodities metálicas.

As ações do Santander Brasil caíram 4,55% após a instituição reportar resultados abaixo das expectativas para o primeiro trimestre, contaminando Bradesco (-4,29%) e Itaú (-3,40%), que figuraram depois de Vale (-1,37%) e Petrobras (-0,17%) como as empresas com maior participação na queda do Ibovespa.

No mercado de juros doméstico, a taxa DI (Depósitos Interbancários) para janeiro de 2023 subiu de 12,945% para 13,005% entre segunda e terça. Contratos com vencimentos mais distantes, entre 2024 e 2031, também subiram.

Nos Estados Unidos, o índice de referência da Bolsa de Nova York, o S&P 500, caiu 2,81%. Perdas consideráveis ocorreram no setor de tecnologia, com o indicador Nasdaq tombando 3,95%. Esse segmento é mais vulnerável à alta dos juros, pois possui empresas que precisam de crédito para crescer. O Dow Jones, composto por empresas de grande valor, caiu 2,38%.

O índice de ações que acompanha empresas listadas nas cidades chinesas de Xangai e Shenzhen cedeu 0,81%, após ter afundado 4,94% no dia anterior.

O mercado financeiro mundial trabalha desde a semana passada sob o crescente temor de que as restrições a atividades econômicas para o combate ao coronavírus na China provoquem prejuízos às cadeias globais de suprimentos, repetindo uma situação ocorrida no auge da pandemia.

A região asiática enfrenta, aliás, uma perspectiva de estagflação – ausência de crescimento econômico ao mesmo tempo em que os preços sobem continuamente –, alertou uma autoridade do FMI (Fundo Monetário Internacional) nesta terça.

Riscos inflacionários devido à oferta de produtos vindos da Ásia reforçaram a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) elevará agressivamente os juros para tentar conter a maior inflação no país em quatro décadas.

Pairam ainda sobre o mercado receios de que uma dose exagerada da elevação dos juros para controlar a inflação conduza a economia americana à recessão.

"O temor e a discussão crescentes no mercado externo tratam sobre o ritmo de acomodação da economia americana até 2023. Haverá pouso suave ou recessão", comentou Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (associação de instituições de crédito e investimento).

"Domesticamente, o ajuste de portfólios externos começa a indicar redução do fluxo [de investimentos] para Brasil", afirma o economista, destacando o motivo para a alta do dólar frente ao real.

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