O manifesto conta com mais de 660 mil adesões da sociedade civil, além de ter sido assinado por juristas, ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal (STF), docentes universitários, membros dos tribunais de contas e do Ministério Público, advogados, economistas e líderes políticos, incluindo candidatos à Presidência.
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"Pessoal que assina esse manifesto (por democracia) é cara de pau, sem caráter", declarou o presidente nesta terça-feira, 2, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. "Não vou falar outro adjetivo aqui porque eu sou uma pessoa bastante educada."
O documento foi organizado em reação à investida mais enfática do chefe do Executivo contra as urnas eletrônicas até o momento. Em 18 de julho, o presidente reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para desacreditar, sem apresentar provas, a segurança do sistema eletrônico de votação e colocar em descrédito os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja atribuição é garantir a lisura do pleito.
O manifesto foi assinado pelos candidatos à Presidência Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), pelo candidato à vice-presidência Geraldo Alckmin (PSB); pelos ex-ministros do STF Celso de Mello e Joaquim Barbosa, entre outros; pelo reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior; além de procuradores, promotores, desembargadores, artistas, entre outros.
Bolsonaro também aproveitou a entrevista para fazer críticas ao ministro Alexandre de Moraes, que toma posse na presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 16 e conduzirá as eleições. Segundo o presidente, o magistrado "faz de tudo" para incriminá-lo e os inquéritos conduzidos por ele "são completamente ilegais, imorais". "É uma perseguição implacável por parte dele, a gente sabe o lado dele", afirmou.
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