De acordo com os dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, 32% dos brasileiros que vivem em residências alugadas comprometem mais de 30% de sua renda com o aluguel, valor considerado "ônus excessivo" pelo instituto.
Em 2005, 24,3% comprometiam mais do que 30% com o valor do aluguel. O dado reflete a disparada nos preços dos aluguéis no país.
Segundo o índice FipeZap, entre fevereiro de 2008 (último dado disponível) e dezembro de 2015, o aluguel médio no país aumentou 106,92%, bem acima da inflação oficial medida pelo IPCA, que subiu 63,60% no período.
Além disso, a renda do trabalhador não acompanhou a velocidade dos preços dos aluguéis. Entre 2005 e 2015, o rendimento médio subiu 31%.
De acordo com o IBGE, Rio e Distrito Federal são os locais onde há mais gente com gasto excessivo com aluguel: 38,5% e 38% das pessoas que moram em imóvel alugado, respectivamente.
No Rio, de acordo com o FipeZap, o aluguel subiu 120,35% entre fevereiro de 2008 e dezembro de 2015. Os dados sobre Brasília começaram a ser coletados apenas em 2014.
Em 2015, 17,4% das famílias brasileiras viviam em imóveis alugados, um avanço em relação aos 16% de 2015.
ARRANJO FAMILIAR
A pesquisa do IBGE mostra grande aumento da proporção de casais sem filhos ou pessoas morando sozinhas nos domicílios brasileiros.
O primeiro grupo passou de 15,2% em 2005 para 20% em 2015. Já os chamados "arranjos unipessoais" -quando uma pessoa vive sozinha- subiram de 10,4% para 14,6%.
Para o IBGE, esse último dado reflete o envelhecimento da população, com um maior número de idosos vivendo sozinhos.
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