Polícia investiga se quase R$ 2 milhões encontrados em carro têm relação com tráfico de drogas

Justiça decretou prisão preventiva de dupla suspeita que ocupava veículo em SP. Antes de prisão, homens tentaram subornar PMs.

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A polícia investiga se o valor de R$ 1,8 milhão encontrado no porta-malas de um carro parado na madrugada desta sexta-feira (2) em uma blitz em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, está relacionado ao pagamento de tráfico de drogas. A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois suspeitos que ocupavam o veículo.

Segundo o "G1". A Polícia Militar realizava uma operação de rotina na Rua Sumidouro quando solicitou a um motorista do automóvel com placa de Santa Catarina que encostasse o veículo. Nele, encontrou R$ 1.821.000, divididos em uma caixa e em uma mochila. Eram tantas notas que o valor levou cerca de cinco horas para ser contabilizado.

Segundo os policiais, os ocupantes do carro, Thiago Rodrigo Rosa, de 33 anos, e João Luis Dias Peres, de 26, não conseguiram explicar a origem ou o destino do dinheiro. Primeiro, eles disseram que era referente à venda de um apartamento, mas não sabiam para quem nem tinham a localização do imóvel e documentos que comprovassem a transação.

Sem convencer as equipes, ofereceram suborno de R$ 800 mil, segundo a polícia. “No momento em que a gente começou a questionar mais intensamente a origem do dinheiro, eles disseram que precisariam de pelo menos R$ 1 milhão, e que R$ 800 mil eles disponibilizariam para a gente”, contou o sargento Valter Aragão.

Thiago Rodrigo e João Luís, que já têm passagem por tráfico de drogas, foram autuados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos. A polícia, porém, afirma que, na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), eles disseram ter sido contratados por R$ 2 mil para levar o dinheiro a um advogado em Santa Catarina. Eles não sabiam o nome completo nem o endereço do homem.

Em audiência de custódia realizada na tarde desta sexta, a Justiça decretou as prisões preventivas dos suspeitos até o dia do julgamento. O dinheiro ficará depositado em uma conta em juízo até o fim do processo. A polícia investiga se a quantia está relacionada ao pagamento de tráfico de drogas.

Via...G1