O Papa Francisco agradeceu hoje o trabalho dos profissionais de saúde durante a pandemia e classificou-os de "anjos" para os doentes, no decorrer de uma receção a estes trabalhadores da região de Lombardia, a mais afetada pelo coronavírus
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"Os pacientes sentiam, frequentemente, que tinham "anjos" ao seu lado, que os ajudavam a recuperar a saúde e, ao mesmo tempo, os consolavam e apoiavam, inclusivamente, com o celular para contatar a pessoa mais velha que estava prestes a morrer com o seu filho, a sua filha, para se despedir, para os ver pela última vez", acrescentou.
O Papa destacou ainda que, mesmo quando estavam exaustos, continuaram a trabalhar com abnegação. "Quantos médicos e paramédicos, enfermeiros, não puderam ir para casa e dormiram ali, onde puderam, porque não havia camas no hospital? E isso gera esperança", disse.
Francisco indicou que, "agora, é o momento de aproveitar toda a energia positiva que se gerou durante a pandemia" e acrescentou que foi "um drama que, em grande parte, pode e deve dar frutos para o presente e o futuro".
"Para honrar o sofrimento dos doentes e dos muitos falecidos, especialmente idosos, cuja experiência de vida não deve ser esquecida, é necessário construir o amanhã e isso exige compromisso, força e a dedicação de todos", afirmou.
O Papa assegurou que médicos, paramédicos, voluntários, sacerdotes, religiosos, leigos, todos, "começaram um milagre".
Na Itália morreram 34.561 pessoas devido ao novo coronavírus, das quais 169 eram médicos e o número de infetados subiu para 238.011 desde o início da crise sanitária, em 21 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 460 mil mortos e infectou mais de 8,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.528 pessoas das 38.841 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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