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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Rússia envia força de paz ao Cáucaso e tenta conter ação da Turquia

O conflito durou seis semanas e matou talvez 5.000 pessoas, segundo estimativas pouco precisas


© Shutterstock

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Rússia começou a enviar seus 1.960 soldados de uma força de paz que visa implementar o acordo que paralisou a guerra entre a Armênia e o Azerbaijão, que entrou em vigor nesta terça (10).


A rapidez de Moscou tem um motivo: a Turquia de Recep Tayyip Erdogan, que obteve uma grande vitória política ao apoiar a ofensiva de Baku sobre a região disputada de Nagorno-Karabakh e os distritos ocupados por armênios à sua volta.

O conflito durou seis semanas e matou talvez 5.000 pessoas, segundo estimativas pouco precisas. Após um período sem ganhos militares óbvios, os azeris conseguiram controlar boa parte das áreas ao sul da capital de Karabakh, Stepanakert.

Ao longo do fim de semana, tomaram a estratégica cidade histórica de Shushi, considerada a porta de entrada para a capital. Foi quando os militares armênios jogaram a toalha, levando o premiê Nikol Pashianyn a aceitar o acordo mediado pelos russos.

A Armênia perderá todos os territórios que ocupa desde o fim da guerra que travou após o fim da União Soviética com os azeris, que também integravam o império comunista, de 1992 a 1994.

O governo autônomo de Karabakh será mantido, até porque a região tem 99% de armênios étnicos, mas parte de seu território, incluindo Shushi, cidade-símbolo do nacionalismo armênio na região, será integrado ao Azerbaijão.

A ligação entre Nagorno-Karabakh e a Armênia será cortada, sendo mantido apenas o chamado corredor de Lachin, com estradas sendo patrulhadas pelos russos para garantir a comunicação mínima.

Por outro lado, os azeris ganharão uma linha de contato análoga, por meio de uma estrada que corre pela fronteira entre a Armênia o Irã até o território autônomo que possui dentro do rival vizinho, o Nakhichevan.

A rapidez de Moscou tem um motivo: a Turquia de Recep Tayyip Erdogan, que obteve uma grande vitória política ao apoiar a ofensiva de Baku sobre a região disputada de Nagorno-Karabakh e os distritos ocupados por armênios à sua volta.

O conflito durou seis semanas e matou talvez 5.000 pessoas, segundo estimativas pouco precisas. Após um período sem ganhos militares óbvios, os azeris conseguiram controlar boa parte das áreas ao sul da capital de Karabakh, Stepanakert.

Ao longo do fim de semana, tomaram a estratégica cidade histórica de Shushi, considerada a porta de entrada para a capital. Foi quando os militares armênios jogaram a toalha, levando o premiê Nikol Pashianyn a aceitar o acordo mediado pelos russos.

A Armênia perderá todos os territórios que ocupa desde o fim da guerra que travou após o fim da União Soviética com os azeris, que também integravam o império comunista, de 1992 a 1994.

O governo autônomo de Karabakh será mantido, até porque a região tem 99% de armênios étnicos, mas parte de seu território, incluindo Shushi, cidade-símbolo do nacionalismo armênio na região, será integrado ao Azerbaijão.

A ligação entre Nagorno-Karabakh e a Armênia será cortada, sendo mantido apenas o chamado corredor de Lachin, com estradas sendo patrulhadas pelos russos para garantir a comunicação mínima.

Por outro lado, os azeris ganharão uma linha de contato análoga, por meio de uma estrada que corre pela fronteira entre a Armênia o Irã até o território autônomo que possui dentro do rival vizinho, o Nakhichevan.

Mas a emergência do turco como ator regional é inescapável, em especial pela agressividade com que conduziu o apoio a Baku. Ele e Aliyev, um autocrata ao estilo soviético, enfrentavam crises de popularidade devido à fraqueza econômica decorrente da pandemia, e agora têm um trunfo político na mão.

Também arranhou a imagem russa a derrubada de um helicóptero militar seu na segunda (10), naquilo que Baku afirmou ter sido um engano e pelo qual se desculpou.

O disparo que matou dois militares foi feito desde Nakhichevan e, assim como o abate de um bombardeiro russo em 2015 pelos turcos, no começo da intervenção de Putin na guerra civil síria, Moscou acabou fazendo vista grossa.

Assim, Moscou e Ancara podem ter evitado um confronto direto, risco que já correram tanto na Síria quanto na Líbia, mas a tensão geopolítica que remonta aos tempos imperiais dos dois países seguirá.

Mas o perdedor mesmo é Pashinyan. Ao longo da madrugada, protestos pediam seu cargo -manifestantes invadiram o Parlamento em Ierevan e até arrancaram a plaquinha com o nome do premiê em seu escritório.

Pela manhã, a situação estava mais tranquila. "Há uma divisão muito grande no país. Existe um sentimento de ódio e abandono por parte da comunidade internacional, tristeza mesmo", relata o brasileiro Caíque Gudjenian, que mora na capital armênia desde 2018.

"Mas é preciso ver com racionalidade o acordo, que evitou uma tragédia ainda maior", disse.

Sua percepção vai de encontro ao que falou o líder de Nagorno-Karabakh, Arayik Harutyunyan. "Se os combates continuassem, teríamos perdido toda Artsakh em poucos dias, e teríamos ainda mais vítimas", afirmou em um vídeo, usando o nome armênio para a região.

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO 

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