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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Sob protestos e pressão de CPI, Bolsonaro agora defende vacina, destaca PIB e critica isolamento

 

A fala ainda foi feita horas após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prever a vacinação de toda a população adulta do estado (a partir de 18 anos) até o dia 31 de outubro

© Getty Images


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a vacinação em pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (2) e destacou o avanço do PIB (Produto INterno Bruto), porém voltou a criticar políticas de isolamento social.


"Este ano todos os brasileiros que assim desejarem serão vacinados", disse.

A transmissão em cadeia de rádio e televisão ocorre no momento em que o governo tenta contornar o desgaste causado causado pela CPI da Covid no Senado e por protestos de rua contra Bolsonaro.

A fala ainda foi feita horas após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prever a vacinação de toda a população adulta do estado (a partir de 18 anos) até o dia 31 de outubro.

Na CPI do Senado, os governistas são minoria. Os principais focos da investigação do colegiado são a demora nas negociações de vacinas, a defesa por Bolsonaro de remédios sem eficácia comprovada para a Covid e a formação de uma gabinete de aconselhamento paralelo sobre temas da pandemia.

O governo tem tentado reduzir a pressão política divulgando dados sobre a distribuição de imunizantes.

O Ministério da Saúde já havia celebrado, horas antes, que o país ultrapassou a marca de 100 milhões de doses distribuídas.

No entanto, 47,2 milhões das doses enviadas são da Coronavac, imunizante feito em parceria com uma farmacêutica chinesa que Bolsonaro chegou a anunciar que não seria comprada -pressionado, o governo acabou recuando.

Em outro flanco de desgaste para o Planalto, milhares de manifestantes em várias cidades do país realizaram protestos contra Bolsonaro sábado (29).

Houve atos em todas as 27 capitais brasileiras, com grandes concentrações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em declarações nesta semana, Bolsonaro minimizou os movimentos de rua.

O governo, por outro lado, celebrou nesta semana o avanço de 1,2% do PIB no primeiro trimestre, anunciado nesta terça (1º).
"Lógico que ninguém está falando que vai crescer 6%, mas a previsão aí é no mínimo 4%, que já é um número bastante grande, levando-se em conta o uso político por causa da pandemia por parte de alguns", afirmou Bolsonaro.

A transmissão do discurso também ocorre no momento em que Bolsonaro é pressionado por projeções eleitorais.

Segundo a última pesquisa Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com vantagem para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2022.

O petista alcança 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Em um eventual segundo turno contra o atual presidente, Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%.

O pronunciamento desta quarta-feira foi o nono de Bolsonaro, em cadeia de rádio e TV, durante a crise sanitária da Covid-19.

Na primeira fala, em 6 de março de 2020, quando ainda não havia morte confirmada no Brasil em decorrência do novo coronavírus, Bolsonaro pediu união e disse que não havia motivo para pânico.

"Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de prevenção", disse o presidente.

O tom de Bolsonaro mudou radicalmente no terceiro pronunciamento, em 24 de março, quando ele citou o uso da cloroquina e chamou a doença de gripezinha. Esta fala ocorreu dias após o presidente participar de ato pró-governo, o que ampliou o desgaste de Bolsonaro com governadores e Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde.

Nas declarações seguintes, Bolsonaro se opôs às restrições de circulação de pessoas e ao fechamento do comércio, ações determinadas por prefeitos e governadores para evitar a propagação do vírus.

Na véspera do Natal, o presidente disse, em cadeia nacional, que o governo se esforçou em preservar vidas e empregos. Afirmou ainda que o país se tornou referência para "seguir o rumo ao progresso e ao desenvolvimento".

Pressionado pela demora na compra de vacinas, Bolsonaro usou o pronunciamento mais recente, de 23 de março deste ano, para tentar demonstrar que o governo federal se esforçava na busca pelos imunizantes.

Após negar por meses propostas da Pfizer, ele disse em cadeia de rádio e TV que havia pessoalmente solicitado para a empresa antecipar a entrega de 100 milhões de doses.

Bolsonaro ainda declarou que o país se tornaria "em poucos meses" autossuficiente na produção das doses. "Muito em breve, retomaremos nossa vida normal."

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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