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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Viúva de Marielle comenta morte de Adriano: 'Era figura chave para a elucidação de diversos crimes no Rio'

RIO — Após a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, a viúva da vereadora lamentou que o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) não tenha sido preso. Para Monica Benício, Nóbrega era 'figura chave para a elucidação de diversos crimes no Rio'.
Adriano Magalhães da Nóbrega

— Lamento que uma figura chave para a elucidação de diversos crimes no Rio tenha sido morto em decorrência de uma ação policial. Provavelmente ele possuía informações fundamentais para o esclarecimento de esquemas de corrupção ligados à família Bolsonaro — afirmou Mônica.

Procurado, o Planalto afirmou que não vai se pronunciar. Já Flávio Bolsonaro, ainda não se manifestou sobre o comentário de Monica Benício.
sobre as circunstâncias da morte do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega. O partido entende que o miliciano era "peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson".

"Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade inato de Marielle e Anderson", diz trecho da nota.
O PSOL divulgou uma nota cobrando uma investigação sobre as circunstâncias da morte do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega. O partido entende que o miliciano era "peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson".
"Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade inato de Marielle e Anderson", diz trecho da nota.
Apontado como autor de diversos homicídios, o ex-militar era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, inclusive com alerta vermelho da Interpol. O ex-policial militar foi localizado numa área rural do estado da Bahia, no município de Esplanada. A ação teve apoio da Secretaria de Estado de Segurança da Bahia. No início deste mês, a Policia Civil fez uma operaçao na Costa do Sauípe para prendê-lo, mas não o encontrou. Na ocasião, Adriano deixou para trás uma identidade falsa.

Há cerca de um ano, capitão Adriano vinha sendo investigado e monitorado pela inteligência da Secretaria de Polícia Civil, que conseguiu chegar ao paradeiro dele na Bahia. Com apoio operacional do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar da Bahia, foi realizada uma ação com o uso de helicóptero.
Armas apreendidas com Adriano Nóbrega neste domingo Foto: Secretaria de Segurança Pública da Bahia / Divulgação


Segundo a polícia, Adriano reagiu e efetuou vários disparos contra os agentes. Ele foi ferido e não resistiu. Adriano era acusado de ser o chefe de um grupo criminoso formado por matadores de aluguel, que ficou conhecido como Escritório do Crime — investigado por suspeita de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele era réu na operação Intocáveis do Ministerio Público do Rio, que apura a milícia de Rio das Pedras.
Deflagrada em 22 de janeiro do ano passado, com base em investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, a “Intocáveis” revelou que o ex-capitão comandava um esquema de agiotagem, grilagem de terras e construções ilegais, com o pagamento de propina a agentes públicos, a fim de manter seus negócios ilícitos, “sempre de forma violenta e por meio de ameaças”. Adriano era o único foragido da "Intocaveis". Os outros 12 integrantes da milícia de Rio das Pedras estão presos.

Homenagens

O ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega foi alvo de duas honrarias, de louvor e congratulações por serviços prestados à corporação. A primeira, uma moção, ocorreu em outubro de 2003, por comandar um patrulhamento tático-móvel, quando estava no 16º BPM (Olaria). Na época, o militar era primeiro-tenente.
O texto da moção de número 2.650/2003 dizia que ele era homenageado "pelos inúmeros serviços prestados à sociedade". Flávio Bolsonaro justificou o ato: "no decorrer de sua carreira, atuou direta e indiretamente em ações promotoras de segurança e tranquilidade para a sociedade, recebendo vários elogios curriculares consignados em seus assentamentos funcionais. Imbuído de espírito comunitário, o que sempre pautou sua vida profissional, atua no cumprimento do seu dever de policial militar no atendimento ao cidadão. É com sentimento de orgulho e satisfação que presto esta homenagem".
As ligações de Adriano com o senador Flávio Bolsonaro não param por aí. A mãe e a ex-mulher do ex-capitão do Bope, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa, foram lotadas no gabinete dele quando era deputado estadual, em 2018. No mês passado, a família do miliciano foi acusada pelo MP de participar de um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj. Segundo o pedido de busca e apreensão feito pelos promotores, as duas teriam transferido R$ 203 mil para Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente.

Alerta internacional

Em janeiro do ano passado, o Ministério Público estadual pediu à Polícia Federal que fosse emitido um alerta à Interpol para incluir os sete foragidos da Operação Os Intocáveis em sua lista de procurados. O principal nome era de Adriano Magalhães da Nóbrega. A caçada à quadrilha teve início em 2019, quando o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio, com o apoio da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou a operação para desarticular o grupo paramilitar, considerado um dos mais perigosos da cidade.
Na operação, promotores e policiais tentaram cumprir 63 mandados de busca e apreensão nas residências de 13 suspeitos e em locais considerados possíveis esconderijos. Um dos endereços visitados foi o da associação de moradores da comunidade, que é, segundo a investigação, controlada pela quadrilha. Seis pessoas foram presas.

A nota da Secretaria de Segurança da Bahia sobre a ação

Em nota,a Secretaria de Segurança da Bahia informou que Adriano foi localizado no início da manhã e "no momento do cumprimento do mandado de prisão ele resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido". "Ele chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos", continua o informe. Leia na íntegra:
"Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, Grupamento Aéreo (Graer) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública localizaram, na manhã deste domingo (9), o foragido da Justiça do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega. Investigado por envolvimento na morte de Marielle Franco, em 2018, o ex-policial militar carioca estava escondido na cidade baiana de Esplanada.
O criminoso passou a ser monitorado por equipes da SI da SSP da Bahia, após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Nas primeiras horas da manhã ele foi localizado em um imóvel, na zona rural de Esplanada.
No momento do cumprimento do mandado de prisão ele resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido. Ele chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Com o foragido foi encontrada uma pistola austríaca calibre 9mm. Vasculhando outros cantos da casa os policiais encontraram mais três armas. 
'Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando, comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa."
Vera Araújo

VIA...EXTRA/GLOBO

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