Goiânia e Campo Grande registram o pior cenário, com ocupação acima de 90%
© Getty |
Goiânia e Campo Grande registram o pior cenário, com ocupação acima de 90%. Na sequência, com mais de 80% dos leitos ocupados, aparecem Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba e Aracaju.
A capital de Goiás estava nesta segunda-feira (10) com 95% dos 106 leitos de terapia intensiva para pacientes com suspeita de Covid-19 ocupados. Nos últimos dias, foi registrado um avanço do número de casos da doença registrados na cidade.
"Não estamos em platô. Estamos com crescimento [dos casos de Covid-19], embora não seja um crescimento vertiginoso", afirmou a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (11).
Foram abertas 30 novas vagas na cidade com a inauguração do Hospital das Clínicas, que é vinculado à Universidade Federal de Goiás e estava em construção havia 18 anos.
Em Campo Grande (MS), que nos últimos meses figurava entre as capitais com menor demanda por leitos para pacientes com Covid-19, a ocupação chegou a 91%.Há duas semanas, o índice de ocupação de leitos era de 63%, mas houve uma mudança de metodologia: a prefeitura passou a divulgar o total de UTIs e não apenas os reservados para Covid-19.
Ainda assim, a maioria dos internados na macrorregião de Campo Grande, segundo dados do governo estadual, é de pacientes com Covid-19. Ao todo, a capital de Mato Grosso do Sul registrou 13.245 casos confirmados de coronavírus e 204 mortes em decorrência de Covid-19.
Entre os estados do Sul, Porto Alegre enfrenta o pior cenário com 9 de cada 10 leitos de UTI ocupados. A taxa de ocupação de 89% é praticamente a mesma de duas semanas atrás apesar do incremento no número de leitos na capital gaúcha.
Segundo uma projeção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre deve enfrentar o pico da pandemia no final de agosto.
Em meio ao momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul, o estado relaxou regras para funcionamento de comércio e serviço em cidades de regiões classificadas como de alto risco.
Um decreto do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), liberou shoppings, academias, cultos, restaurantes e bares, desde que obedeçam a regras de lotação, horários limitados e protocolos de higiene.
Além disso, o governador Eduardo Leite (PSDB) indicou a possibilidade de retorno às aulas em 31 de agosto, de forma escalonada, começando pelo ensino infantil.
Em Curitiba, a ocupação de leitos segue em um patamar alto a despeito de o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), ter afirmado que o pico da doença na capital foi atingido em 19 de julho.Nesta quarta-feira (12), a cidade ainda registrava uma taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 80% e somou mais 14 mortes e 486 novos casos da doença.
"Amanhã, se Deus quiser, serão dias melhores. Se em seis dias tivemos quase mil pessoas curadas, pode ser que estejamos deixando o pico da pandemia", disse o prefeito à reportagem na última sexta-feira (7).
No Distrito Federal, que via um crescimento da demanda por leitos de UTI, a taxa de ocupação caiu para 73% nesta segunda-feira. Há duas semanas, este índice era de 77%. A ampliação da oferta de leitos na capital federal foi crucial para a redução dos índices. Ao todo há 752 leitos de UTI destinados para a doença, e 82 vagas foram abertas desde 27 de julho.
Entre as capitais de estados do Nordeste, Aracaju é a que tem maior demanda por leitos, com ocupação de 80%. O estado de Sergipe já registra 65 mil casos da Covid-19 e 1.633 mortes pela doença.
Nas demais capitais nordestinas, a pressão por leitos é menor. Em Salvador, que enfrentou forte demanda durante o mês de julho, a taxa de ocupação de leitos de UTI caiu para 63%.
A queda das taxas fez com que a prefeitura autorizasse a reabertura do comércio e shoppings no dia 24 de julho. Desde a segunda-feira (10), academias, salões de beleza, bares e restaurantes podem funcionar mediante cumprimento de regras de distanciamento social.
No Recife, após três meses com tendência de queda dos indicadores da pandemia, o maior hospital de campanha montado na cidade começou a ser desativado nesta quarta-feira (12). A unidade de saúde conta com cem leitos de UTI.
"Nós chegamos à menor taxa de ocupação das UTIs, somando os leitos da prefeitura e do governo do estado", afirmou em entrevista à imprensa o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).
O estado de Pernambuco, que abriu 20 novas vagas nas últimas duas semanas na rede estadual, atingiu nesta quarta-feira a menor taxa de ocupação de UTIs para pacientes com sintomas da Covid-19: 62%.
Em Natal, a taxa de ocupação de leitos permanece em queda. Nos últimos 15 dias, o índice caiu de 60% para 54%. A capital do Rio Grande do Norte chegou a apresentar 100% de ocupação durante mais de dois meses.
No estado de São Paulo, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 caiu de 65,7% para 59,1% entre 27 de julho e 10 de agosto. Na capital, este índice caiu de 56% para e 50% no mesmo período.Apesar da queda no número de novas internações, os dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram um crescimento de 5% nas mortes pela doença no estado. Nesta semana, houve 86 óbitos a mais do que na anterior.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirma que a alta é resultado da maior taxa de internações que ocorreram há duas semanas. A expectativa para as próximas semanas é de uma redução no número de óbitos.
Nova projeção feita pelo Centro de Contingência do Coronavírus aponta que até 15 de agosto o estado poderá ter, ao todo, 720 mil casos de coronavírus e 31 mil mortes por Covid-19.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!