Lula destacou que, ainda que vença nas eleições deste ano, se a esquerda não tiver uma base forte no Congresso, dificilmente um eventual governo conseguirá avançar
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"Nós temos uma tarefa quase heroica. Uma coisa revolucionária. Quais são os deputados que vão ser eleitos na cidade em que a gente mora? Como é que a gente vai trabalhar para não deixar eleger pilantras, como a gente vai fazer para não deixar a direita ter uma maioria", disse Lula, durante reunião da Direção Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O ex-presidente também citou a nova configuração do Congresso, após as trocas feitas durante a janela partidária. Segundo o petista, os partidos viraram "cooperativas" de deputados. "O que vale é a repartição do fundo eleitoral", afirmou.
A relação de Lula com o Congresso foi marcada pelo escândalo do mensalão, esquema de compra de votos de parlamentares que ameaçou derrubar o primeiro governo do petista, em 2005. A revelação feita pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) de que congressistas recebiam uma espécie de mesada para votar a favor dos projetos do governo virou ação penal julgada pelo Supremo Tribunal Federal em 2012 - 25 réus foram condenados.
Lula afirmou ainda que, mais difícil do que vencer as eleições neste ano, vai ser "desfazer o desmonte das instituições" realizado, segundo ele, pelo governo de Jair Bolsonaro. "Nós vamos ter que começar o governo sabendo que nós vamos ter que tirar quase oito mil militares que estão em cargos, pessoas que não prestaram concursos", declarou.
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