O tema repercutiu porque a cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada após nove anos de dores. Outras mulheres têm espera ainda maior.
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O tema repercutiu porque a cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada após nove anos de dores. Outras mulheres têm espera ainda maior.
A enfermeira Ana Paula Araújo, de 38 anos, conta que desde que começou a menstruar sentia cólicas "avassaladoras". "Não conseguia nem trocar de roupa. Todo mês, ia para o pronto-socorro tomar medicação na veia." Nesses atendimentos de urgência, ouvia o que muitas já ouviram: "Tem mulher que sente mais cólica. Isso é normal". Não é.
As dores diminuíram quando ela começou a tomar anticoncepcional, mas não passaram. Vieram ainda as cistites de repetição (inflamações na bexiga) - mesmo sintoma relatado por Anitta. "E com o tempo adquiri fadiga crônica. Eu dormia e acordava mais cansada." Após oito anos tentando engravidar, teve finalmente o diagnóstico de endometriose.
"Senti alívio por saber que tinha alguma coisa que justificava (o quadro de saúde), que eu não estava louca. Mas o outro sentimento foi revolta por ter demorado tanto tempo a descobrir". Ela chegou a largar o emprego por causa das dores e recusava passeios. Após cirurgia para retirar os focos da endometriose, sente menos cólicas e melhorou a fadiga.
Outro sintoma comum é a dor durante o sexo, mas os relatos nem sempre são reconhecidos pelos médicos como problema de saúde.
"Sempre tive dor durante a relação sexual. Comentei com uma médica, que fez a pergunta: Você gosta mesmo do seu namorado? É esse tipo de coisa que a gente passa por falta de preparo", diz a servidora pública Michele Oliveira, de 37 anos.
O diagnóstico só veio aos 29 anos, apesar dos sintomas desde a adolescência. E o estágio era avançado: foi preciso uma cirurgia na pelve, com remoção de parte do intestino. A endometriose pode causar focos de endométrio na pelve e na parede do intestino. Após a cirurgia, Michele engravidou.
CAUSA
A endometriose ocorre quando células do endométrio - tecido que reveste o útero -, que deveriam ser expelidas na menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal. Não há clareza sobre por que isso ocorre com algumas mulheres e outras não. A cirurgia é um dos tratamentos possíveis.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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