Os policiais passaram por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (17) no Presídio Militar Romão Gomes
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Os policiais passaram por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (17) no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.
Gritzbach foi assassinado em 8 de novembro em uma área de desembarque do aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Entre os presos está o cabo Dênis Antonio Martins, 40, apontado pela Corregedoria da Polícia Militar como um dos autores dos disparos que mataram Gritzbach. A prisão dele é temporária, por 30 dias.
Ele foi preso segundo o artigo 150 do Código Penal Militar, que trata da organização de militares para prática de violência. Martins também é investigado pela DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) pela morte do empresário. A intenção da Polícia Civil é ouvi-lo em breve.
Procurada, a defesa de Martins afirmou por telefone que todo o posicionamento será feito no processo, por se tratar de um caso em segredo de Justiça.
Os outros 14 PMs foram presos por prestarem serviço de segurança ilegal a Gritzbach, que era investigado por lavagem de dinheiro e duplo homicídio.
Segundo a Corregedoria da PM, os policiais da escolta e o suposto atirador não têm ligação.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) comemorou as prisões. "A polícia vinha investigando o que ocorreu, chegou à autoria dos disparos. A PM está punindo a PM", disse na manhã de quinta.
Segundo Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, o cabo não era investigado, mas o trabalho da Corregedoria, em conjunto com o Centro de Inteligência da Polícia Militar, identificou a presença dele na cena do crime.
Gritzbach, que era ligado à facção criminosa, teria se envolvido numa série de problemas com o PCC. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes da organização. Também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça onde delatou nomes para o Ministério Público.
A delação teria sido o motivo da morte, segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
Segundo ela, Gritzbach expôs "todo um esquema de corrupção", apontou "policiais vendidos" e "dá nome aos donos do PCC, que fazem a lavagem de dinheiro".
Conforme Derrite, entre os presos está um tenente, que chefiava a escolta irregular de Gritzbach, 12 cabos e soldados que integravam o grupo e outro tenente que facilitava a folga de agentes que participavam da segurança do delator. Ainda foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital e na Grande São Paulo.
Os policiais militares passaram a ser investigados em março do ano passado, quando a Corregedoria recebeu uma denúncia sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.
A investigação evoluiu para um inquérito policial militar, instaurado cerca de sete meses depois, onde foi apurado que os envolvidos, entre militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição, favoreciam membros de uma organização criminosa, evitando prisões ou prejuízos financeiros.
Entre os beneficiados pelo esquema estavam líderes da facção e até mesmo pessoas procuradas pela Justiça.
Foi descoberto, ainda, que policiais prestavam escolta para criminosos, como é o caso de Gritzbach, que tinha envolvimento com lavagem de dinheiro e duplo homicídio.
VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO
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