Calvin Robinson teve sua licença revogada pela Igreja Anglicana Católica
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Robinson discursou em maior convenção antiaborto dos Estados Unidos. O ex-padre participou da Convenção Nacional Pró-Vida, um dos maiores eventos contrários ao direito ao aborto no mundo. A "Marcha Pela Vida", maior marcha antiaborto do mundo, aconteceu na última semana, em Washington, D.C.
Ao fim de sua fala, colocou sua mão direita no peito e então a esticou para frente. Enquanto fazia o gesto, falou que "seu coração estava com vocês [a plateia]", o mesmo que Elon Musk disse e fez na posse de Donald Trump.
Igreja Anglicana Católica revogou licença de padre. Em comunicado publicado pouco depois do evento, a instituição escreveu que Robinson "encerrou seus comentários com um gesto que muitos interpretaram como uma saudação pró-nazista". Além disso, a nota afirma que membros da Igreja pediram para Robinson evitar publicações políticas antes, o que ele não fez.
"Além disso, entendemos que isso não é apenas uma questão administrativa. O Holocausto foi um episódio de horror indizível, promulgado por um regime de homens maus. Condenamos a ideologia nazista e o antissemitismo em todas as suas formas. E acreditamos que aqueles que imitam a saudação nazista, mesmo como uma piada ou uma tentativa de trollar seus oponentes, trivializam o horror do Holocausto e diminuem o sacrifício daqueles que lutaram contra seus perpetradores. Tais ações são prejudiciais, divisivas e contrárias aos princípios da caridade cristã", disse a Igreja Anglicana Católica, em nota sobre Calvin Robinson.
Robinson comentou perda de licença nas redes sociais. Ele diz que ficou sabendo da decisão da igreja pelas redes sociais, e que o arcebispo da congregação não atende suas chamadas. "Ficarei aqui para atender às necessidades pastorais [de seus paroquianos], mas estou preocupado sobre como eles receberão os Sacramentos", escreveu.
Ex-padre acumula mais de 400 mil seguidores nas redes sociais. Além de padre, ele é comentador político e é dono do programa "Cruzada do Senso Comum do Calvin". No ano passado, ele chegou a se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Historiadores veem gesto como referência a nazismo. "Saudação nazista e muito agressiva", disse a professora Ruth Ben-Ghiat, especialista em fascismo, que endossou a opinião dos colegas. Já o jornalista Mike Stuchberry, que ensinou a história do nazismo na Alemanha e na Austrália, também afirmou que este foi um gesto em alusão a Hitler.
VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO
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