Inicialmente, em 2022, o pedido havia sido negado em primeira instância, mas a decisão foi revertida agora
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De acordo com informações do portal G1, o tribunal determinou que o casal homossexual de tios, que mora com a criança e a cria desde pequeno, também tivesse seus nomes registrados no documento, ao lado dos pais biológicos. Além disso, a guarda do menino passou a ser compartilhada legalmente entre os quatro responsáveis.
A advogada Ana Paula Morbeck, que representa a família, explicou que o processo teve início em 2019. Na época, os pais biológicos e os tios moravam juntos, mas, em determinado momento, os pais biológicos se mudaram, e a criança permaneceu sob os cuidados dos tios. “A relação foi construída dessa forma. Para o menino, sempre foi natural chamar tanto os tios quanto o pai biológico de ‘pai’”, explicou Morbeck.
A advogada destacou ainda que, embora os tios já exercessem todas as funções parentais no dia a dia, a falta do reconhecimento legal gerava dificuldades em questões práticas, como consultas médicas, matrícula escolar e viagens. “O processo não altera a dinâmica da família, apenas formaliza algo que já era uma realidade. Trata-se de um reconhecimento jurídico de um vínculo afetivo que sempre existiu”, ressaltou.
Inicialmente, em 2022, o pedido havia sido negado em primeira instância, mas a decisão foi revertida agora. Segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), certidões de nascimento com quatro pais registrados ainda são incomuns, mas há outros casos semelhantes no Brasil. No Espírito Santo, esta é a primeira vez que a Justiça concede esse tipo de reconhecimento legal.
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