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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

México vai questionar Google sobre renomeação do Golfo do México

Durante sua coletiva matinal, Sheinbaum argumentou que o decreto de Trump se aplica apenas à plataforma continental sob jurisdição norte-americana, não às águas internacionais

© Pixabay

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que irá questionar a gigante tecnológica Google sobre a recente renomeação do Golfo do México como "Golfo da América" nos mapas dos Estados Unidos, em conformidade com uma ordem assinada pelo presidente Donald Trump.

Durante sua coletiva matinal, Sheinbaum argumentou que o decreto de Trump se aplica apenas à plataforma continental sob jurisdição norte-americana, não às águas internacionais. "Vamos enviar uma carta à Google, primeiro para perguntar se a empresa compreende essa distinção internacional e se reconhece qual é a organização responsável pela nomeação dos mares internacionais", declarou.

A governante ironizou a decisão e sugeriu que, seguindo essa lógica, poderia solicitar que os Estados Unidos passassem a ser chamados de "América Mexicana", relembrando que mapas do século XVII utilizavam essa terminologia para a região que hoje compreende os EUA e o Canadá.

Na terça-feira, a Google anunciou na rede social X que a mudança reflete o atual nome oficial da área conforme estabelecido por Washington. No entanto, Sheinbaum destacou que a nomenclatura de um mar internacional não pode ser alterada unilateralmente por um único país, reforçando que a questão deve ser tratada por uma organização internacional competente.

"Amanhã [quinta-feira], vamos divulgar a carta que estamos enviando hoje, porque é fundamental esclarecer os fatos e garantir que as publicações estejam no devido contexto", afirmou a presidente.

Sheinbaum também citou uma reportagem do jornal britânico The Telegraph, que afirmou que o Reino Unido não reconhecerá a nova denominação imposta por Trump. "Não pode ser apenas uma definição unilateral de um país. Um governo tem jurisdição sobre seu território, mas não sobre águas internacionais", concluiu.

VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO 

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